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18 de abril de 2024
Márcia Catunda

No próximo dia 19 de abril, Fortaleza recebe um curso inédito que vai discutir os Fundamentos da Cultura Organizacional com um dos maiores especialistas no assunto, o consultor empresarial Gui Marback.

O evento é promovido pela FASI Consultoria, empresa cearense que se destaca na gestão de pessoas e empresas com foco em performance. As sócias diretoras Carla Pinheiro e Mariana Furtado são representantes da Crescimentum no estado e trazem para conversar sobre o tema Gui Marback, executivo que por 20 anos atuou como em instituições de grande porte, como o Citibank, o Banco Chase Manhattan e o HSBC. É especialista em Transformação Cultural pela Barret Values Centre, em Londres.

O curso Fundamentos na Gestão da Cultura Organizacional será presencial e imersivo, no Hotel Sonata de Iracema, começando às 9h e finalizando às 17:30h e com exercícios pré e pós work e acesso à plataforma de ensino por um ano. Ainda haverá um momento para network.
Para quem quiser saber mais sobre o tema, basta procurar o perfil @fasiconsultoria, tirar as dúvidas e fazer a inscrição.

 

Confira entrevista com o consultor empresarial Gui Marback sobre o assunto

Gui Marback

1- Qual a importância da cultura organizacional de uma empresa?

R: A cultura organizacional desempenha um papel fundamental no sucesso e na sustentabilidade de uma empresa. A cultura existe e está em permanente movimento, seja intencional ou não, podendo servir como uma alavanca ou como um obstáculo. A cultura de uma organização é a essência da empresa, moldando como as coisas são feitas e como as pessoas se relacionam umas com as outras e qual o modelo mental usado para criar com processos e regras. Uma cultura forte e saudável é um ativo valioso, impossível de copiar, que pode impulsionar o desempenho e a competitividade da empresa em todos os níveis, se tiver alinhada com a estratégia. Cuidar da Cultura de forma intencional é vital para a melhoria do desempenho e perenidade das organizações.

2- Quais os principais desafios que a gestão de uma empresa enfrenta atualmente?

R: A gestão de uma empresa enfrenta uma série de desafios em um ambiente de negócios em constante evolução. Eu elenco:

Transformação Digital e Emergência da Inteligência Artificial;

Adaptação às Mudanças no Mercado e as alterações nas características de demanda geral, potencializado pela evolução social seja dos consumidores e todos os demais stakeholders;

Atração e Retenção de Talentos. As empresas enfrentam desafios para atrair, desenvolver e reter os melhores profissionais em um mercado de trabalho altamente competitivo. Além de gerenciar as diferentes necessidades e visões de mundo das múltiplas gerações de colaboradores e da nova forma que as pessoas posicionam o Trabalho em suas vidas após a experiência da pandemia ;

Sustentabilidade e Responsabilidade Social: envolve questões como redução da pegada de carbono, gestão responsável de recursos naturais, respeito aos direitos humanos, diversidade e inclusão, assim como, o engajamento com as comunidades locais;

Aprender a gerenciar a Cultura Organizacional tal qual faz com o plano estratégico. Esse é um assunto que ainda não é comum no mais alto nível da gestão da maioria das organizações, muitas vezes sendo delegado totalmente como responsabilidade do RH.

3- Como desenvolver bons líderes em uma empresa?

R: Primeira coisa é entender que desenvolvimento é um meio e não um fim. O primeiro passo é fazer um bom mapeamento para entender o estado atual, quais os pontos fortes e de desenvolvimento do nosso time. Além disso, entender a partir da estratégia de negócio e da cultura qual o estado desejado. Vale lembrar que um bom entendimento do gap entre ‘onde estamos’ versus ‘onde queremos chegar’ permite a mensuração durante o processo e para tangibilizar o investimento em avanço no negócio.

Com essa análise do cenário, agora o desenvolvimento deve ser personalizado. Customizar para etapa e peça de aprendizagem ao contexto da empresa, aos desafios de negócio, usando casos concretos que acontecem na organização.

Com um despertar na consciência, teoria e ferramental, o que vai aumentar a chance de sucesso do desenvolvimento dessa liderança é a prática assistida. Seja pelo método mais eficiente e poderoso, a imersão com simulação organizacional, seja por meio de um programa modular consistente em que os participantes tem a oportunidade de testar e aplicar o aprendizado, voltar para sala e debater sobre dificuldades e boas práticas.

4- Qual o papel do RH nesse contexto?

R: O RH desempenha um papel crucial na gestão intencional da cultura organizacional e no desenvolvimento contínuo da liderança. Ressalto:

O RH desempenha um papel central ao traduzir a Identidade Cultural (missão, visão, valores) em políticas, práticas e programas que promovam a cultura desejada. O RH também é responsável por comunicar e reforçar consistentemente a cultura organizacional em toda a empresa.

O RH também é responsável por recrutar e selecionar candidatos que não apenas possuam as habilidades técnicas necessárias, mas também se alinhem culturalmente com a empresa. Isso envolve identificar os valores e comportamentos desejados e incorporá-los nos processos de recrutamento, entrevista e avaliação, e posteriormente no processo de ingresso e onboading.

Avaliação e Monitoramento periódico da cultura organizacional e do clima de trabalho para identificar áreas de força e oportunidades de melhoria. Isso pode ser feito por meio de pesquisas de clima, avaliações de engajamento dos funcionários e análise de métricas relacionadas à cultura.

Desenvolvimento da Liderança em todos os níveis é uma das principais alavancas em qualquer empresa! Isso pode envolver a identificação de talentos promissores, programas de desenvolvimento de liderança alinhados aos valores da empresa e as capacidades que o negócio exige, coaching executivo, mentoring e feedback 360 graus. Ir além do que está em alta ou é tendência no mercado, de fato entender como potencializar os números da empresa pelo desenvolvimento humano.

5- Como engajar os colaboradores de uma empresa?

Eu defino a o engajamento dos colaboradores acontecendo a partir da “Conexão verdadeira com aquilo que se acredita, associado a Liberdade de se expressar de forma genuína e sem medo”. O primeiro trecho dessa frase, refere-se à cultura, enquanto o segundo trecho refere-se à liderança. Como já dizia o Edgard Schain “liderança e cultura são os 2 lados da mesma moeda”. Esse é um cuidado permanente que as empresas precisam ter.

Quando falamos de Cultura, ter a clareza de propósito, visão, missão e quais valores devem nutrir a escolhas e decisões são cruciais para verificar se essa proposta conecta-se com aquilo que acredito, por outro lado a liderança precisa honrar tudo isso com as suas práticas, além de nitrir um ambiente onde as pessoas possam ser elas mesmas contribuindo com aquilo que têm de melhor. Além disso, o engajamento está diretamente conectado a pessoa ter consciência e entendimento a respeito de como sua função, suas atividades diárias de conectam com o propósito maior da empresa.

Aqui vão algumas dicas adicionais:

Comunique de forma transparente e frequente. Mantenha os colaboradores informados sobre os objetivos da empresa, os progressos alcançados e os desafios enfrentados.

Promover uma cultura de respeito, diversidade e inclusão, onde todos os colaboradores se sintam valorizados e respeitados. Incentive a participação de todos, independentemente de sua posição ou origem.

Ofereça oportunidades de aprendizado e desenvolvimento para os colaboradores crescerem e progredirem em suas carreiras.

Reconheça e valorize as contribuições dos colaboradores: Reconheça publicamente o trabalho árduo, as conquistas e as contribuições dos colaboradores para o sucesso da empresa.

Incentive um ambiente de trabalho saudável e equilibrado, onde os colaboradores tenham tempo para descansar, recarregar as energias e cuidar de sua saúde física e mental. Aqui na Crescimentum aplicamos a teoria do Envolvimento Total, inclusive um de nossos valores se chama “Cuide-se. Energia + Vitalidade = Sonho Realizado”.

Promova a participação dos colaboradores na tomada de decisões, de forma geral, as pessoas se engajam com o que elas participam na construção criação.

6- Como saber se tenho perfil para ser líder?

A primeira pergunta deveria ser ‘eu quero ser líder?”. Liderança não é uma tarefa fácil. No aspecto de gestão: devemos ter gosto por transformar sistemas, resolver problemas a todo tempo. No aspecto liderar: devemos avaliar se estar pelos outros é algo que nos move, construir um legado dedicando tempo às pessoas, “colocar gente na agenda!”.

Uma vez que você realmente queira e isso se conecta com seu propósito, todo mundo pode ser um(a) ótimo(a) líder.

Não acredito tanto no perfil ideal, mas sim na motivação e obviamente em um bom treinamento, trazendo para consciência seus pontos de desenvolvimento e trabalhando para melhorar ainda mais nos pontos fortes.

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