ECONOMIA

Ceará tem maior alta do ano na construção civil, de 3,28%

O custo da construção por metro quadrado no Estado passou em julho para R$ 1.340,00

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10 de agosto de 2021
Assistente de Redação Vídeo

O Índice da Construção Civil (Sinapi), divulgado nesta terça-feira (10) pelo IBGE, subiu 3,28% em julho, no Ceará, maior alta do ano, 2,15 ponto percentual acima da taxa do mês anterior (1,13%). No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa é de 22,81%, resultado acima dos 19,13% registrados nos 12 meses imediatamente anteriores e o maior da série histórica. O acumulado de janeiro a julho ficou em 13,31%. Em julho de 2020, o índice foi 0,18%.

Ceará tem maior alta do ano na construção civil, de 3,28%
Foto: Antônio Cruz/Agência Brasil

O custo da construção por metro quadrado no Estado, que em junho havia fechado em R$ 1.297,48, passou em julho para R$ 1.340,00, sendo R$ 838,70 relativos aos materiais e R$ 501,30 à mão de obra.

“Os materiais continuam com altas sucessivas nos preços em todo o país. A alta é generalizada em todos os segmentos e de forma contínua em todos os estados, sobretudo do Sudeste. As altas têm se mantido ao longo do ano com um foco em produtos básicos derivados do aço e condutores elétricos, derivados do cobre, ambos insumos que são commodities minerais. Essas matérias primas estão impactando muito o preço dos produtos que as utilizam”, analisa o gerente do Sinapi, Augusto Oliveira.

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Ele destaca ainda que há sobretudo um crescimento das pequenas obras e no setor imobiliário, que tem apresentado muitos lançamentos, conforme matérias na imprensa. “Esse aumento na demanda podem ser uma das justificativas para as elevações nos preços dos insumos da construção civil”, completa Oliveira.

“No mês anterior, a parcela de mão de obra teve grande impacto no índice, como consequência do número grande de acordos coletivos homologados. Diferentemente, em julho, apenas foram captados acordos coletivos em três estados – Rio Grande do Sul, Ceará e Maranhão, um número bem inferior ao mês passado. Com isto os custos da mão de obra em julho caíram 2,6 pontos percentuais em relação a junho, registrando 0,52%”, analisa Oliveira.

Com alta tanto na parcela dos materiais como na mão de obra, o Mato Grosso do Sul foi o estado que apresentou a maior variação mensal, 3,58%, seguido pelo Ceará (3,28%), sob impacto da alta dos materiais e dissídio observado.

Sobre o Sinapi

O Sinapi, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal – Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e dies para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.

As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos. 

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