Sucessos como “Cálice”, “Apesar de Você” e “Jorge Maravilha” marcaram a carreira do artista durante a Ditadura Militar
Café Concerto homenageia Chico Buarque
Impossível pensar em Música Popular Brasileira e não remeter a Chico Buarque de Holanda. Nascido em 19 de junho de 1944, na Cidade Maravilhosa, o músico, compositor, dramaturgo e escritor brasileiro fez história em meados dos anos 1960. Na sua adolescência, mudou-se do Rio de Janeiro para São Paulo, onde seu pai, o historiador Sérgio Buarque, foi nomeado diretor do Museu do Ipiranga.
Em 1953, Chico Buarque e família foram morar na Itália, e, em 1959, fez sua primeira composição, intitulada “Canção dos Olhos”, quando tinha 15 anos. Mais tarde, em 1964, “Marcha Para o Sol” foi a primeira música de Buarque a ser gravada.
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Chico Buarque adorava música internacional, mas tudo mudou quando ouviu pela primeira vez o disco “Chega de Saudade”, de João Gilberto, no mesmo ano da sua primeira composição. Foi a partir daí que o compositor entendeu que queria fazer MPB.
Formação acadêmica
O cantor e compositor cursou três anos de Arquitetura e Urbanismo na Universidade de São Paulo (USP), abandonando o curso em 1964, quando, após o golpe militar, o clima de repressão assolou as universidades.
Em entrevistas, Chico disse que a faculdade de Arquitetura foi fundamental para sensibilizar ainda mais suas percepções de mundo e ver a cidade com outro olhar. Todas essas observações e experiências contribuíram com suas composições, que foram marcadas pela Ditadura Militar.
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Perseguição de Chico Buarque
Chico Buarque foi perseguido durante o regime. Participou da “Passeata dos cem mil”, no Rio de Janeiro, em 1969, evento que contou com milhares de estudantes, artistas e pensadores da época contrários ao regime. Caetano Veloso e Gilberto Gil, precursores do Tropicalismo, também marcaram presença.
Ele se autoexilou em Roma, na Itália, permanecendo no país europeu até março de 1970, quando resolveu voltar ao Brasil para produzir um novo disco.
A vida artística de Chico
Quanto à sua vida artística, Chico Buarque afirmou, quando jovem, que seu sonho era cantar como João Gilberto, fazer música como Tom Jobim e escrever letras como Vinícius de Moraes, grandes personalidades da MPB e donos de poesias que são declamadas até hoje.
De acordo com palavras próprias, Chico Buarque não dá um conteúdo político às suas canções de maneira premeditada. Disse ainda, em entrevista, que abusa mais da criatividade nas suas composições.
Uma das características mais marcantes de suas composições são as críticas e denúncias sociais, econômicas e culturais brasileiras.
Domínio da Língua Portuguesa
Chico domina a Língua Portuguesa com primazia. Ele tem preferência por usar a metáfora. Isso fica claro em canções como “Apesar de você” e “Cálice”, que contêm críticas veladas à ditadura militar no Brasil e que chegaram a ser censuradas.
Além da música, Chico Buarque também compartilhava sua arte e conhecimento através da literatura. Desde garoto, Chico escrevia crônicas, publicadas no “Verbâmidas”, jornal do Colégio Santa Cruz.
Mais tarde, contribuiu com jornais como o “Estado de São Paulo” e “O Pasquim”. Em 1968, deu start como dramaturgo escrevendo a peça Roda Viva. À época, Marieta Severo era sua esposa e teve um dos papéis principais no espetáculo.
Ouça o especial Chico Buarque no Café Concerto
A homenagem a Chico Buarque no programa Café Concerto, da emissora Atlântico Sul FM 105,7, começa às 9 horas, com reprise no domingo, às 10 horas.
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