Após os 35 anos de idade, as mulheres começam a ter uma queda na reserva de óvulos, dificultando a gestação natural
A idade é o principal fator para infertilidade feminina, afirma especialista
A gravidez após os 35 anos é uma tendência que vem crescendo nos últimos anos, principalmente na última década, é o que aponta uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O estudo mostra que, nos últimos 10 anos, houve aumento de 63% no número de grávidas que deram à luz entre 35 e 39 anos de idade. Entre aquelas com idade entre 40 e 44 anos, a alta foi de 57% no mesmo período; e aumentou em 27,2% o número de mães entre 45 a 49 anos.
Para o médico especialista em medicina reprodutiva, Daniel Diógenes, entre os motivos para se postergar a gestação, estão o fato da mulher ainda não ter encontrado um companheiro (a) e o foco na carreira profissional. O médico reforça ainda que os riscos à saúde causados por doenças como a Covid-19, ajudaram no processo de adiamento da gravidez.
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A pesquisa ainda revelou outro dado curioso: uma redução no número de nascimentos entre mães com até 19 anos. A queda registrada foi de 23% no mesmo período; enquanto entre 20 e 29 anos reduziram 8,4%.
Para Diógenes, os dados trazem preocupação, haja vista que além da idade avançada outros fatores como, doenças relacionadas à saúde feminina podem diminuir ainda mais as chances de uma gestação.
“O corpo possui um relógio biológico natural e que responde apenas ao tempo. Exemplo é que mulheres com 25 anos tem 80% de chances de engravidar, já dos 35 aos 40, essas chances caem para 10%. Em outras palavras, 80 a cada 100 mulheres com 25 anos tem chances de engravidar. Já dos 35 aos 40, apenas 10 a cada 100 mulheres não terão essa dificuldade”, explica o especialista.
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Congelamento de óvulos
Uma alternativa para as mulheres que desejam ter um filho depois dos 35 anos, é o congelamento de óvulos. O processo é um tratamento que mantém a reserva ovariana para uso posterior em tratamentos de reprodução assistida. Desta forma, é possível prorrogar a gravidez, sem perda de qualidade dos óvulos.
As futuras mães podem contar também com um plano de redução de custos. Na prática funciona assim: uma paciente que tem uma uma boa reserva de óvulos pode doar uma parte que não usará para diminuir os custos do tratamento. Já aquela mulher que não tem uma reserva suficiente pode contar com a ajuda de uma irmã, prima ou amiga, por exemplo, e assim também reduzir as despesas do procedimento.
“As doações são anônimas, quem doa não sabe para quem o óvulo será doado e quem recebe não sabe quem doou”, destaca Daniel Diógenes. A pessoa que deseja fazer a doação tem que ter uma boa quantidade de óvulos. A análise é feita em clínica especializada, onde são realizados exames de sangue para checar se a pessoa está saudável, assim como são realizados com os óvulos que serão recebidos.
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