Expectativa é que o imunizante tenha baixo custo e esteja disponível já em 2022
Anvisa recebe pedido de testes humanos de vacina brasileira em spray
Um grupo de pesquisadores brasileiros apresentou à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), nesta quinta-feira (21), o pedido para testar em voluntários humanos uma nova vacina em forma de spray nasal, contra a covid-19. O imunizante será aplicado sem a necessidade de injeção.
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O professor da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e diretor do Laboratório de Imunologia do Instituto do Coração, Jorge Kalil, é o coordenador do estudo e explica que a vacina iniba o crescimento viral já na mucosa nasal.
Algumas pessoas resistem em tomar vacina porque têm fobia de agulha. Esse medo se chama tripanofobia. Mas a ideia de produzir uma vacina em spray nasal não se limita a esse público.
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Até agora, os testes foram feitos em laboratório e em animais. Só após a autorização da Anvisa será possível conduzir o estudo em humanos. A previsão é que isso ocorra em janeiro do ano que vem, com 280 voluntários. Todos vacinados, porque o spray deve atuar como reforço para ampliar a resposta imune das demais vacinas.
Essa vacina em spray usa uma técnica de produção inédita e totalmente nacional, resultado de pesquisas feitas na USP em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Diferente das vacinas atuais, que usam a proteína spike, a vacina do Instituto do Coração utiliza peptídios derivados de proteínas que compõem o vírus.
Esse material é inserido em nanopartículas, que são estruturas minúsculas, capazes de atravessar a barreira de cílios e muco presentes no nariz e chegar às células. A expectativa é que o imunizante tenha baixo custo e esteja disponível já em 2022.
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