O trabalho deve durar cerca de duas semanas e pretende avaliar os impactos do fogo na fauna e flora do local
Incêndio no Parque do Cocó: pesquisadores da UFC iniciam perícia para avaliar impactos e identificar responsáveis
Um grupo de pesquisadores da Universidade Federal do Ceará (UFC) iniciou uma perícia ambiental no Parque do Cocó, na região afetada pelo incêndio iniciado na última quarta-feira (17). A ação é realizada em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente do Estado (SEMA), a Superintendência Estadual do Meio Ambiente do Ceará (SEMACE) e a Universidade Estadual do Ceará (UECE).
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O trabalho deve durar cerca de duas semanas e pretende avaliar os impactos do fogo na fauna e flora do local, assim como ajudar a identificar os responsáveis pela ocorrência.
“Iniciamos o trabalho de identificar as espécies afetadas e a dimensão da área prejudicada. Já observamos que a área atingida é bem maior do que imaginávamos antes, chegando a 46 hectares. Além disso, já vimos que há espécies de anfíbios, répteis e peixes afetadas. Estamos na busca por saber se há aves e mamíferos também nessa situação”, explicou o Professor Marcelo Soares, do Instituto de Ciências do Mar (LABOMAR).
Segundo Marcelo Soares, a equipe já estava desde quarta-feira no local ajudando a controlar o fogo, em apoio ao Corpo de Bombeiros e ao Batalhão de Polícia do Meio Ambiente. O trabalho contou também com um time de brigadistas civis, que formam o primeiro grupo de voluntários treinados pela SEMA para atuar em incêndios.
Com o fogo controlado na quinta-feira, tiveram início na última sexta-feira (19) os trabalhos de perícia ambiental, ação que deve durar por mais uma ou duas semanas. “Estamos de olho também na reativação do fogo, que pode reaparecer em outro local. Nosso trabalho também dá atenção nisso. Na próxima semana, já informaremos os primeiros resultados dessa nossa perícia”, informou.
Corpo de Bombeiros confirma que incêndio no Parque do Cocó foi criminoso
O Corpo de Bombeiros do Ceará confirmou que o incêndio que começou a atingir a área de vegetação do Parque Estadual do Cocó na noite última quarta-feira (17) foi criminoso e intencional.
A conclusão foi tirada a partir do sentido do vento e a forma como as chamas do incêndio seguiram pela mata do Cocó, o que possibilitou a identificação dos 12 pontos de origem do fogo (que chegou a ter 872 metros de extensão) ficassem bem delimitados. Além disso, uma das principais evidências foi observar o avanço da linha de fogo.
Agora, as autoridades trabalham para identificar as causas do crime, que continuam sendo investigadas pela Delegacia de Crimes Ambientais.
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O que causou o incêndio?
Após as chamas serem debeladas, uma perícia na região deve ser realizada para explicar o que causou o incêndio. Nas redes sociais, o governador Camilo Santana (PT) informou que uma apuração rigorosa deve ser realizada no local para identificar as causas deste incidente.
“Tenho acompanhado com muita preocupação o incêndio no Parque Estadual do Cocó, em Fortaleza”, escreveu Camilo Santana. “O Cocó é um patrimônio ambiental do nosso estado e tem que ser preservado. Determinei apuração rigorosa sobre as causas do incêndio”.
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