Dispositivos se popularizaram nos últimos anos, especialmente, entre os jovens
O que é vape? Conheça o cigarro eletrônico que pode ter causado problema pulmonar de Zé Neto
O cantor Zé Neto, dupla com Cristiano, anunciou que enfrenta um problema de saúde no pulmão. Segundo o artista, a doença pode ter se desenvolvido como resquício da covid-19 e consequência do uso de vape.
A assessoria da dupla informou que o sertanejo segue realizando tratamento ao que foi identificado pelos médicos como “foco de vidro”.
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“Zé Neto está com foco de vidro no pulmão. Não é nada grave, mas causa um pouco de falta de ar para cantar. Este tipo de problema pode ser resquício do Covid e também é uma das consequências do consumo do vaper (cigarro eletrônico). Ele já está em tratamento”, disse a nota.
Zé Neto também usou as redes sociais para atualizar os fãs sobre seu estado de saúde. O cantor afirmou que seu problema foi sério, mas já está na reta final do tratamento: “Tá tudo certo, graças a Deus tô bem. Terminando o tratamento já, daqui a alguns dias tô 100%. Mas já tô 99%”.
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Mas afinal, o que é o vape? Porque ele causa tanto mal à saúde?
O vape tem formato parecido com o de uma caneta e é alimentado por bateria, geralmente de lítio. O dispositivo possui um depósito para o líquido (juice, e-liquid, essência) aromatizado ou nicotina, que é aquecido, vaporizado e inalado pelo usuário. O Vape vem ganhando notoriedade por atrair centenas de milhares de pessoas ao uso por causa da sensação agradável do vapor.
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Esses cigarros eletrônicos são amplamente divulgados como uma alternativa saudável ao cigarro tradicional, menos nociva à saúde e muito mais segura, mas pesquisas já associaram seu uso a risco de infarto agudo do miocárdio e de doenças respiratórias e pulmonares, como a asma, além de disfunção erétil. O dispositivo contém nicotina, que causa dependência. Também não há evidência científica que comprove que a substituição do cigarro eletrônico pelo tradicional seja eficaz para parar de fumar.
No Brasil, o vape tem comercialização, importação e propaganda proibidas. Segundo informe da Agência Nacional de Vigilância Sanitária, “A decisão da agência foi baseada na ausência de dados científicos sobre as alegações desses produtos”.
Nos Estados Unidos, ao menos seis pessoas morreram em 2019 e outras 380 enfrentaram tratamento por conta de uma “doença pulmonar grave associada a cigarros eletrônicos”, afirmou o Centro de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), órgão do governo norte-americano, na época. As vítimas eram pessoas jovens, de 15 a 35 anos. A Associação Americana do Pulmão alerta que o produto não é seguro e pode causar estragos irreversíveis.
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