SAÚDE

Crianças que tiveram covid-19 podem ter sequelas por até 6 meses, aponta pesquisa

O estudo acompanhou seis crianças, três meninos e três meninas, com idade média de 9 anos e todos não vacinados

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14 de fevereiro de 2022
Portal GCMAIS

Uma pesquisa inédita, realizada no Instituto da Criança e do Adolescente do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), revelou que crianças que tiveram covid-19 e desenvolveram a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica seguiram com alterações no coração por cerca de 6 meses após a alta hospitalar.

Crianças que tiveram covid-19 podem ter sequelas por até 6 meses, aponta pesquisa
Foto: Prefeitura de Fortaleza

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O estudo, publicado na revista científica Microcirculation, acompanhou seis crianças, três meninos e três meninas com idade média de 9 anos e todos não vacinados, que passaram por internação na unidade e receberam alta entre julho de 2020 e fevereiro de 2021.

Sequelas em crianças que tiveram covid-19

Por meio de ecocardiogramas realizados meses após a alta, o estudo constatou que as crianças continuavam com alterações nos vasos sanguíneos que nutrem o coração.

Segundo a pesquisadora e médica Gabriela Leal, coordenadora de serviço de ecocardiograma do Instituto da Criança e do Adolescente, a síndrome é uma condição rara e, no Brasil, a taxa de mortalidade gira em torno de 6%, considerada até quatro vezes maior se comparada a outros países.

Gabriela Leal explica que a melhor forma de evitar esta situação é reduzir o fluxo do vírus, vacinando as crianças. Segundo o Ministério da Saúde, até a última sexta-feira (11), 18,8% do público de 5 a 11 anos de idade já recebeu a primeira dose da vacina contra a covid-19.

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Ministro pede aos pais que levem seus filhos para vacinar contra covid

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou de um ato de vacinação infantil contra a covid-19 em Maceió (AL). Durante o ato, o ministro vacinou duas crianças e voltou a afirmar que, até o dia 15 de fevereiro, o ministério vai distribuir vacinas suficientes para aplicar a primeira dose em todas as crianças de 5 a 11 anos no país.

Na ocasião, o ministro voltou a defender a não obrigatoriedade da vacinação de crianças de 5 a 11 anos, mas fez um apelo para que os pais levem seus filhos para vacinar. Na terça-feira (8), Queiroga informou que após 55 dias da aprovação da primeira vacina para uso infantil contra a covid-19 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o percentual de crianças de 5 a 11 anos que tomaram a primeira dose de imunizantes contra a doença não passa de 15%.

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