DADOS DA ARPEN

Mortes por pneumonia aumentam 37% no Ceará em 2022

Os dados são do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen)

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27 de abril de 2022
Portal GCMAIS

Em 2022, 2.910 pessoas morreram por pneumonia, no Ceará, entre os meses de janeiro e abril. O aumento é de 37% em relação ao mesmo período do ano passado. Os dados são do Portal da Transparência da Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen).

Mortes por pneumonia aumentam 37% no Ceará em 2022
Foto: Hapvida

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Com a pandemia da Covid-19, as mortes pela doença vinham em queda, conforme a Arpen. No entanto, 2022 voltou a registrar altas. A pneumonia pode ser adquirida pelo ar, saliva, secreções, transfusão de sangue ou devido às mudanças bruscas de temperatura.

Pneumonia no Ceará

A pneumonia é uma infecção pulmonar provocada por microrganismos (vírus, bactéria ou fungo) ou pela inalação de produtos tóxicos. O pneumologista Luís Schwingel explica como ocorre o contágio da doença e quais suas possíveis complicações.

“A pneumonia, de uma maneira geral, é decorrente de uma exposição a algo que lhe causou uma infecção bacteriana no pulmão. A causa pode se dar pela via inalatória. A gente classifica a doença em graus de evolução, determinando em casos bem graves a internação do paciente. Na maioria das vezes, ela responde muito bem a antibióticos e terapia oral. No entanto, em casos raros as sequelas seriam o chamado ‘derrame pleural’, onde se junta líquido no espaço pleural, no espaço da costela e pulmão sendo retirado somente com a ajuda de dreno”, afirmou.

Tratamento

Luís Schwingel destaca qual o tratamento mais adequado em pacientes infectados pela pneumonia.

“Varia conforme a gravidade e histórico de vida do paciente, se por acaso ele não tiver algum problema em engolir a medicação, ou não apresentar alteração grave nos exames laboratoriais feitos, ele pode prosseguir no tratamento domiciliar. Caso contrário, ele precisará fazer o tratamento completo dentro do hospital, pelo menos até a estabilização clínica, apresentando melhoras e não precisar correr o risco de ir para a UTI. Então, o tratamento depende dos critérios de estabilidade clínica e comorbidades que o paciente venha a ter”, finaliza.

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Sintomas 

Os sintomas mais comuns da doença são: tosse com secreção (pode haver sangue misturado); febre alta (podendo chegar a 40°C); calafrios e falta de ar ou dor no peito durante a respiração. O tratamento depende do microrganismo causador da doença.

Nas pneumonias bacterianas, devem-se usar antibióticos. Na maior parte das vezes, quando a pneumonia é causada por vírus, o tratamento inclui apenas antitérmicos e analgésicos para aliviar os sintomas, podendo ser necessários medicamentos antivirais nas formas graves da doença. Já nas pneumonias causadas por fungos, utilizam-se medicamentos específicos.

As principais formas de prevenção são recomendações simples como: lavar as mãos, não fumar, evitar aglomerações e se vacinar. Atualmente, existem vacinas disponíveis para a pneumonia pneumocócica que, mesmo não sendo capazes de prevenir todos os casos de pneumonia, podem evitar as formas mais graves.

De acordo com o Ministério da Saúde, a vacinação contra a gripe reduz bastante as hospitalizações por pneumonias. Por isso, devem ser vacinados os grupos considerados mais sujeitos às formas graves da doença: gestantes, mulheres com até 45 dias após o parto, crianças de seis meses a dois anos, profissionais de saúde, doentes crônicos, pessoas privadas de liberdade ou com 55 anos de idade ou mais.

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