Crianças ficam mais expostas a ameaças on-line na pandemia
Hoje em dia, é comum que crianças e jovens estejam constantemente expostos às telas e conectados à internet. Durante o período de isolamento social em decorrência da Covid-19, esse tempo aumentou: com os pequenos em casa, muitos pais recorrem a computadores, tablets e celulares para oferecer opções de lazer aos filhos, e os equipamentos eletrônicos também servem como elo entre a escola e as crianças.
Por isso, é necessário que a família fique ainda mais atenta em relação a possíveis golpes e comportamentos inadequados na web. “As crianças podem publicar ou divulgar informações pessoais, como fotos e vídeos, e também fazer download de vírus que podem prejudicar o aparelho e expor a vida da família. Desse modo, elas viram alvos fáceis para pessoas má intencionadas na internet”, alerta o neuropsicólogo Carol Costa Júnior.
Conteúdo inapropriado pode trazer consequências graves ao desenvolvimento
Entre os conteúdos inapropriados que podem chegar aos pequenos, há materiais de natureza sexual e violenta que confundem a cabeça das crianças e podem até atrapalhar seu desenvolvimento natural. De acordo com o pediatra Caio Malachias, imagens e sons desse tipo podem até incentivar atos de automutilação ou de violência e, portanto, deve haver um monitoramento constante dos pais em relação ao que está sendo consumido pelas crianças.
“É necessário que haja bastante diálogo e limites do que deve ou não ser acessado. É importante orientar e deixar a criança ciente sobre como agir caso encontre conteúdo que lhe apresente sensação de medo ou que a deixe incomodada, lembrando sempre que seu responsável irá protegê-la em quaisquer circunstâncias”, explica o médico.
Também é preciso estabelecer uma rotina que estimule a realização de outras atividades, mesmo em casa, com momentos dedicados à família e aos amigos e práticas esportivas, a fim de que a criança tenha acesso a momentos de lazer que não incluam o mundo digital.
Como orientar?
– Acompanhar os conteúdos acessados;
– Manter um diálogo aberto e constante para que a criança tenha segurança em compartilhar tudo o que se passa no seu dia a dia;
– Orientar as crianças para que emitam um alerta quando se sentirem incomodadas;
– Utilizar recursos visuais e auditivos lúdicos que ensinem a criança a se proteger de qualquer tipo de violação de seus direitos.
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