O tal do elevador
Se tem algo que me incomoda é falta de educação.
Claro que as pessoas possuem histórias diferentes. Mas asseguro que boa educação não depende de nível social, escolar ou dos “dígitos” do contracheque. É algo simples, que não precisa de aulas de boas maneiras. Basta bom senso. Explico.
Aguardar o vendedor concluir com quem ele “já está atendendo” é o básico! Mas o que se vê por aí são pessoas literalmente “furando a fila”, atropelando a conversa alheia com a sua, num total desrespeito.
Levantar o braço pra chamar o garçom, sendo cortês é questão de ordem! Mas, cliente gritando ou, pior, “assobiando” no meio do salão pra fazer um pedido é a cena mais comum nos bares e restaurantes.
Mas, uma coisa simples do dia-a-dia que consegue me irritar é o tal do elevador. Explico também. As portas se abrem e começa a cena. Quem aguarda pra entrar não deixa os outros sairem. “Emburaca” no elevador antes mesmo que ele seja esvaziado, desafiando as leis da Física (dois corpos não ocupam o mesmo espaço ao mesmo tempo).
E não só isso. Mesmo que existam 5 pessoas aguardando na fila, aquele ser humano que “acabou de chegar” simplesmente entra no elevador quando a porta se abre, ignorando todos que lá estavam antes dele. E faz tudo rápido, afinal, ele não pode esperar!
Cenas como essas refletem muito mais que má educação. Há o “jeitinho”, a necessidade de “garantir o seu”, de “se dar bem”. Uma lástima!
Esperar a nossa vez é um ato de cidadania. É respeitar a nossa posição no mundo e aguardar a hora de exercer o nosso direito. Mas esperar não tem sido o forte de muita gente, nem no tal do elevador.
Priscila Malveira é advogada por formação e escritora
As opiniões não refletem o posicionamento do Grupo Cidade de Comunicação.
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