Opinião

Home office: Você se exercita diariamente? Não é suficiente…

Compartilhe:
16 de novembro de 2020
Portal GCMAIS

Provavelmente você conhece alguém que tenha mudado o modo de trabalhar, incluindo a si próprio, correto? O famoso e idealizado home office, ou teletrabalho, era comum em uma pequena parcela da população, inclusive os “invejáveis” nômades digitais. No entanto, de maneira quase que compulsória, se espalhou para a grande massa, como uma adaptação das empresas, empregados e da legislação, para minimizar os impactos econômicos da pandemia sem incorrer em prejuízo ao distanciamento físico.

Home office: Você se exercita diariamente? Não é suficiente…

Algo inicialmente temporário está sendo implementado por período indeterminado em muitos casos, justificado pelo corte de gastos e alguns relatos de aumento de produtividade. Dentre as adaptações promovidas pelo teletrabalho, podemos citar a retirada da conhecida e nem sempre praticada ginástica laboral, ou a sua inclusão de maneira remota.

Pois é, o efeito disso tudo na saúde física e mental dos funcionários é algo a ser avaliado em um futuro não tão distante, embora pesquisas apontem que estamos praticando ainda menos atividade física, o que já era um grande fardo econômico e de saúde pública possivelmente perdurará após os rastros deixados pela Covid-19. Mesmo que pouco, a ginástica laboral era uma das únicas atividades físicas realizadas por muitos, e mais do que isso, uma oportunidade de interrupção no comportamento sedentário – termo comumente confundido e mal interpretado.

É preciso compreender que o fato de praticar pouca ou nenhuma atividade física não necessariamente é sinônimo de sedentarismo ou estar em comportamento sedentário. Do mesmo modo, uma pessoa pode passar praticamente o dia todo sentada (comportamento sedentário) e mesmo assim praticar atividade física regular em quantidades recomendadas pelas organizações de saúde. Ficou confuso? Vamos ao exemplo:

Pensemos naquele funcionário “exemplar”, que senta em seu posto de trabalho e, ao perceber, lá se foram 8 horas do dia. Mas essa pessoa sabe dos benefícios da atividade física, inclusive era adepta da ginástica laboral e está praticando exercícios diariamente após do expediente. Esse é um caso que pode ser considerado normal e saudável por muitos, afinal, a pessoa se exercita regularmente e não relacionamos isso ao sedentarismo. Mas este pensamento está equivocado.

Os malefícios de não realizar atividade física e o fato de permanecer muitas horas do dia sentado são fatores independentes, com riscos à saúde. Aos milhares de trabalhadores que tiveram as suas rotinas de trabalho alteradas e exercerão as suas funções de casa por período indeterminado, é importante frisar que não basta realizar atividade física por 30 minutos ao dia, sem se atentar em levantar a cada 30 minutos, caminhar pela casa ou permanecer em pé de 1 a 2 minutos.

Sabendo que o “novo normal” chegou, e o home office entrou para a rotina de muitas empresas, é importante que funcionários e empregadores compreendam a necessidade da manutenção de hábitos saudáveis aos que já os tinham ou a implementação de estratégias aos que tiveram seus hábitos impactados negativamente pela rotina de teletrabalho.

Uma dessas estratégias é fazer interrupções no comportamento sedentário, por mais insignificante que possa parecer, pois isso impacta positivamente a saúde do funcionário, além de reduzir os prejuízos às empresas, com funcionários rendendo menos, adoecendo mais e se afastando para tratamentos de saúde.

Rafael Luciano de Mello é especialista em Treinamento desportivo e prescrição do exercício físico

As opiniões não refletem o posicionamento do Grupo Cidade de Comunicação.

WhatsApp do GCMais

NOTÍCIAS DO GCMAIS NO SEU WHATSAPP!

Últimas notícias de Fortaleza, Ceará e Brasil

Lembre-se: as regras de privacidade dos grupos são definidas pelo Whatsapp.