China muda a estratégia
Quem achava que o governo da China de alguma maneira teria algum ganho com a pandemia da Covid-19, estava redondamente enganado. A cada quatro anos o governo da China se reúne para analisar suas estratégias e seus programas e, neste ano, a situação está sendo bem diferente.
A noção de que a China sairia mais forte desta pandemia e que tomaria o espaço dos Estados Unidos no vácuo da liderança global, algo que vinha sendo debatido por todos os analistas no Ocidente, parece não ser a mais importante prioridade dos chineses já que eles parecem estar mais preocupados com seus próprios problemas econômicos e com a estabilização da sua posição no continente.
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Pode não parecer, dado aos parâmetros de baixo crescimento do Brasil, mas o desenvolvimento econômico da China nos últimos dois anos está bem abaixo do que era esperado, do que foi colocado como um tópico especial no plano de desenvolvimento de cinco anos do Partido Comunista Chinês.
Neste contexto, há uma mudança fundamental dentro do plano econômico, em que a equipe econômica deve focar na promoção do consumo interno, diminuindo o ‘peso’ do crescimento econômico baseado nas exportações, o que é uma mudança considerável no modelo de desenvolvimento econômico chinês.
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Outra mudança fundamental será a efetiva transformação por uma economia verde, algo que pode ser creditado em parte às pressões internacionais por um melhora na qualidade da produção nacional. Neste patamar, o próprio líder Xi Jinping anunciou que o país deseja tornar-se neutro em emissões de carbono em 2060.
O Governo também anunciou que vai priorizar acordos multilaterais de comércio na Ásia, na Europa e nas Américas, de modo que isso seja uma forma para ‘incluir’ ainda mais chineses na economia de mercado.
Pode não parecer, mas tal mudança é algo que deverá alterar fundamentalmente o comércio internacional e neste contexto poderá surgir espaço para outras nações, como a Índia e o Vietnã, tornando-as grandes fábricas mundiais. Para o Brasil, surgirá a oportunidade de utilizar essa nova visão da China voltada para o consumo interno e aumentar as exportações para o país, principalmente se conseguirmos nos adequar aos novos acordos de livre comércio com os chineses. Boa sorte e competência aos nossos empreendedores!
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