ECONOMIA

Ceará arrecada R$ 15,65 bilhões em impostos no primeiro semestre de 2022

A soma das receitas próprias e transferências constitucionais teve crescimento nominal de 21% na arrecadação total de tributos

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23 de agosto de 2022
Portal GCMAIS

O Ceará arrecadou R$ 15,65 bilhões em impostos no primeiro semestre deste ano. A soma das receitas próprias e transferências constitucionais teve crescimento nominal de 21% na arrecadação total de tributos.

Ceará arrecada R$ 15,65 bilhões em impostos no primeiro semestre de 2022
Foto: Prefeitura de Fortaleza

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Impostos no Ceará

Conforme a Secretaria da Fazenda (Sefaz), o Ceará teve arrecadação própria de R$ 9,89 bilhões no primeiro semestre deste ano. As transferências constitucionais totalizaram R$ 5,75 bilhões.

“O desempenho da arrecadação total, no período acumulado de janeiro a junho de 2022, totalizou R$ 15,650 bilhões, encerrando o período com variação nominal acumulada de 21,02% e atualizada pelo IPCA de 8,70%, em relação ao mesmo período de 2021. Em valores reais, a arrecadação própria acumulou uma variação positiva de 7,30%, enquanto as transferências constitucionais tiveram um acréscimo de 11,18%”, informa relatório da Sefaz.

No mesmo período do ano passado, de janeiro a junho, o arrecadado foi de R$ 12,93 bilhões.

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Cearenses já pagaram mais de R$ 34 bi em impostos em 2022

Até o último (21), o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo contabilizou mais de R$ 34 bilhões pagos pelos cearenses em impostos federais, estaduais e municipais só em 2022. A arrecadação no Ceará representa 1,74% do total do país.

No Brasil, esse valor já se aproxima da cifra de R$ 2 trilhões. Em 2020, a marca de 2 trilhões só foi ultrapassada no dia 22 de dezembro. Além de o brasileiro pagar muito, o sistema tributário do país traz confusões de finalidades, abre muitas exceções e têm desvios nas finalidades dos impostos. É nisso que acredita o economista William Baghdassarian.

“A gente tem um problema de governança tributária gravíssimo. A autoridade tributária não está preocupada se o que ela faz ou deixa de fazer ajuda o país a crescer ou não. Ela está preocupada de arrecadar”, opina o economista.

O Brasil foi considerado pelo Banco Mundial um dos piores países para se pagar impostos, ocupando a posição 184 entre 190 países avaliados.

Baghdassarian considera que o Brasil é eficaz em recolher impostos, mas o desenho tributário não visa o bem estar da população e traz muitas dificuldades para o crescimento econômico efetivo. Para ele, é fundamental que a Reforma Tributária avance no país.

“O grande ponto da reforma tributária é ter uma estrutura tributária mais direcionada para as pessoas que precisam: com menos imposto sobre consumo e mais imposto sobre renda. A gente vai ter uma segurança jurídica maior tanto para as pessoas físicas como para as pessoas jurídicas para que elas não sejam prejudicadas pelas interpretações da Receita Federal”, acredita Baghdassarian.

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