Andre Rabelo
Coluna + Empreendedorismo

Como empreender usando o tempo e o dinheiro dos outros?

O conceito de fazer mais com menos está inteiramente ligado à capacidade de gerar o máximo de resultados com um mínimo possível de recursos. Mas nem sempre percebemos quais recursos possuímos, por acreditarmos em algo que, muitas vezes, temos como “verdades absolutas”.

Sempre ouvimos falar que dinheiro não dá em árvore; que só ganha dinheiro quem tem dinheiro; e muitas outras questões que nos acompanham ao longo da vida. Eu também já pensei assim, mas o que devemos fazer para sair do lugar-comum é questionar o óbvio!

É fato que dificilmente se consegue mudar de vida e ganhar bastante dinheiro trabalhando com as mãos. Se fosse assim todos os trabalhadores operários não precisariam sofrer tanto e ganhar tão pouco.

Mas precisamos entender que dentro de nós existe uma forca capaz de mudar nossa vida. Essa força pode ser seu conhecimento, suas experiências, sua visão, sua fé, tudo isso forma um capital muito poderoso que podemos chamar de capital intelectual e por isso devemos nos questionar sobre algumas dessas “verdades” que aprendemos ao longo da vida.

Pensar fora da caixa é questionar o óbvio, é se perguntar “por que não realizar o sonho da minha vida?; por que não viver tudo aquilo que nasci para viver?; por que não ter a tão sonhada liberdade financeira???”

É nesse processo de questionamento que percebemos o quanto temos de habilidades e recursos para gerar a mudança de vida que precisamos. É perceber o que ninguém percebe; é saber se adaptar às situações e abraçar as oportunidades que estão ao nosso redor e até então não tínhamos percebido. E é nesse momento que identificamos que podemos potencializar tudo o que temos e sabemos para ganhar dinheiro. Mas, não basta apenas ganhar dinheiro por ganhar, mas alcançar a tão sonhada liberdade financeira.

Oportunidade x necessidade

Quanto maior for a necessidade, menor será a oportunidade. E certamente não se ganha dinheiro pela necessidade, mas sim pela oportunidade. Isso talvez seja o motivo de muitas tentativas sem sucesso. No momento que iniciamos um negócio já necessitando do resultado de algo que ainda não existe, estaremos totalmente em desvantagem, ou seja, totalmente na zona da necessidade.

Dentro de todas as experiências que adquirimos ao longo da vida, precisamos potencializar esse conhecimento para sabermos identificar o que é de fato oportunidade e o que é necessidade.

Investimento para inciar

Em alguns casos, é possível iniciar um negócio sem precisar de muito dinheiro, se o ramo que escolheu permite, se sabe o que quer fazer, gosta e vai arregaçar as mangas. Mas e se você precisa de dinheiro inicial para fazer acontecer e não tem. O que fazer então?

Você pode ter uma ideia de negócio que pode ser muito bacana e rentável, mas não ter o capital financeiro necessário para tirá-la do papel. E aí muitas pessoas tentam um empréstimo com o banco, por exemplo, e outras até desistem. Ou o contrário, você pode ter dinheiro, mas não saber o que fazer com ele. É aí que entra talvez uma ótima alternativa, o sócio investidor, ou investidor anjo.

Antes de tudo cabe aqui explicar o que seria um Investidor Anjo. É geralmente um empresário, empreendedor ou executivo que já trilhou uma carreira de sucesso, acumulando recursos suficientes para alocar uma parte (normalmente entre 5% a 10% do seu patrimônio) para investir em novas empresas, bem como aplicar sua experiência apoiando a empresa. – Fonte: Anjos do Brasil.

O cenário do Investidor Anjo no Brasil é bem animador e a cada dia cresce mais, principalmente com a ascensão das startups. O mundo inteiro vem adotando esse modelo de negócio.

Se você tem uma ideia e tempo para trabalhar e alguém tem o dinheiro para investir, o que chamamos de sociedade complementar, ambos poderão usufruir dos resultados a curto e médio prazo. Para isso, basta que cada um de fato se complemente e colham os frutos de maneira saudável e não gananciosa. Ou seja, se você é o sócio que entrou com o tempo e o trabalho, é preciso que compartilhe os resultados, mesmo se o seu sócio-investidor (anjo) não trabalhe de fato no negócio. Mas entender que sem ele não seria possível ir adiante mais rapidamente, é primordial!

Compartilhar faz parte! Com isso, você realizará seus projetos e alcançará sua tão sonhada liberdade financeira de maneira mais rápida, mas com muito trabalho!

Precisamos de pessoas que nos complementem na hora de fazer um negócio, e, na prática, é o que acontece com os investidores-anjos no Brasil.

Segundo a Anjos do Brasil, ano passado, apesar de a instituição ter registrado somente 7.616 investidores pessoas físicas, o volume de investimentos vem crescendo ano após ano e já chegaram ao patamar de R$ 1 bilhão investidos. Isso porque aumentou a segurança jurídica, divulgação de exits e unicórnios brasileiros como 99, Pagseguro e Nubank, além de ter tido queda da taxa de juros e o aumento dos investidores anjo de forma proativa.

Tudo isso não aconteceria se não existissem pessoas com capital precisando de outras pessoas com boas ideias e tempo para dedicarem a multiplicar o dinheiro investido.

Cenário positivo para o empreendedor

Atualmente existe uma gama de opções para aquisição de recursos para se empreender. De acordo com o diretor da Andrade Consultoria e Investimentos e consultor financeiro, Francisco Andrade, esse é o melhor momento para as pequenas e médias empresas buscarem financiamentos, principalmente após a queda da taxa de juros básica, a Selic, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). O mesmo indica o Banco do Nordeste como um dos melhores parceiros para o desenvolvimento. De acordo com a instituição, o valor destinado do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE)  para o Nordeste será de 29,3 bilhões. A oferta de crédito já tem taxas a partir de 0,37% ao mês. É a taxa mais competitiva nesse momento, segundo o consultor. Isso significa que mais pessoas poderão investir em seus negócios e poderão pagar juros bem menores do que os praticados por aí.

Saber empreender

Certo dia em uma conversa com o meu gerente do banco ele olhou pra mim e com uma cara bastante cansada falou: – André, gostaria muito de saber empreender. Se você me der R$ 1 milhão para investir em um negócio, certamente não vou saber o que fazer. O máximo que conseguiria, seria fazer algumas aplicações.

Abrir um negócio não é fácil nem com muito dinheiro!

Por isso eu sempre digo: valorize o seu capital intelectual, seus conhecimentos, sua visão, network, boas e más experiências, que certamente renderam bons aprendizados e contribuíram para a construção do seu capital intelectual, ferramenta muito poderosa para se ganhar dinheiro com o dinheiro dos outros. Pois não é todo mundo que sabe o que fazer com o dinheiro.

Dinheiro é resultado de tempo dedicado. Pessoas com dinheiro levaram tempo para ganhar dinheiro e certamente ao processar uma boa ideia usando tempo e dinheiro dos outros, você ganhará mais tempo e dinheiro gerando o máximo de resultado com o mínimo de recurso possível!

O processo de empreendedorismo é muito intuitivo. Mais vale o que você acredita do que o que você sabe. Se você acredita em uma ideia, siga em frente, mas se não tem certeza, não vá adiante!

Acredite na sua ideia, no seu instinto, por mais que as pessoas duvidem, persiga seus sonhos e, certamente, um dia você olhará para trás e verá que estava certo em suas escolhas e decisões!

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27 de agosto de 2022
André Rabelo
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