COP27

Multinacional Fortescue reafirma compromisso para instalar usina de hidrogênio verde no Ceará 

Previsão é gerar 2.500 empregos na fase de construção e 800 durante a operação da unidade, que terá investimento de 6 bilhões de dólares.

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9 de novembro de 2022
Portal GCMAIS

A governadora do Ceará, Izolda Cela, se reuniu com o CEO da Fortescue Future Industries (FFI), Andrew Forrest, e assinou uma emenda ao Memorando de Entendimento (MoU) com a multinacional australiana. O documento reafirma a intenção da companhia em implementar uma usina de Hidrogênio Verde no Porto do Pecém. O encontro aconteceu na manhã desta quarta-feira (9), no primeiro compromisso da chefe do Executivo estadual na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27), no Egito.

Multinacional Fortescue reafirma compromisso para instalar usina de hidrogênio verde no Ceará 
Foto: Divulgação

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Em junho deste ano, o Governo do Estado já havia assinado um pré-contrato com a Fortescue. A previsão é gerar 2.500 empregos na fase de construção e 800 durante a operação da unidade, que terá investimento de 6 bilhões de dólares.

“Trata-se de um projeto vigoroso. Uma planta muito robusta, de uma empresa que tem um potencial muito grande e está engajada nessa transição energética. Isso vem fortalecer toda uma ação sistêmica que o Estado vem fazendo para se colocar nesse movimento de ser a casa do Hidrogênio Verde. Temos potencial para isso, tanto da natureza como de nossa infraestrutura”, citou a governadora Izolda Cela, que estava acompanhada do secretário do Desenvolvimento Econômico e Trabalho (Sedet), Maia Júnior; do presidente do Porto do Pecém, Danilo Serpa; e do secretário de Relações Internacionais, César Ribeiro.

A assinatura reafirma a dedicação em tornar o projeto do Pecém uma prioridade e continuar os estudos de viabilidade que estão em curso há 1 ano e meio. Na Emenda do MoU, o Estado do Ceará também reafirma os esforços para incentivar investimentos de grande escala para o desenvolvimento de um Hub de Hidrogênio Verde no Complexo do Pecém, com segurança jurídica. Além disso, o governo local apoiará a disponibilização de terrenos para o projeto, inclusive para abrigar linhas de transmissão e subestações para acesso ao ponto de conexão da rede.

“A assinatura de mais esse compromisso é de uma relevância enorme para o Ceará. Estar presente na COP27 e poder firmar mais esse acordo com a Fortescue nos dá a certeza de que o Ceará se tornará um dos maiores produtores de Hidrogênio Verde do Mundo. O povo cearense tem muito a ganhar com esse desenvolvimento, que trará mais oportunidades pro nosso estado”, ressaltou Maia Júnior.

A cerimônia em Sharm El Sheikh, no Egito, contou com a presença do presidente e fundador da Fortescue, Andrew Forrest; o presidente da FFI América Latina, Agustín Pichot; o presidente do Complexo do Pecém, Danilo Serpa, os secretários executivos da Casa Civil e da Sedet, Célio Fernando Melo e Roseane Medeiros; e o Assessor de Assuntos Internacionais, César Ribeiro.

“Tenho a satisfação de continuar trabalhando em conjunto com o Governo do Ceará e as autoridades do Porto do Pecém. Nossa colaboração contínua será vital para avançar no desenvolvimento de uma indústria de hidrogênio verde e tornar o Projeto FFI Pecém uma realidade. Esta é uma excelente oportunidade para explorar o potencial estabelecimento de indústrias verdes de grande escala, que impulsionarão o crescimento e criarão muitos empregos para a economia brasileira”, disse Agustín Pichot, presidente da Fortescue Latin America.

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HUB de H2V do Ceará

Desde que foi lançado, o Hub de Hidrogênio Verde do Ceará, em fevereiro de 2021, foram assinados 24 Memorando de Entendimento com empresas que pretendem produzir hidrogênio verde e seus derivados no Complexo do Pecém.

O projeto da Fortescue é um dos mais adiantados. Será alimentado por Contratos de Compra de Energia Renovável (PPAs) para a produção de hidrogênio verde e outros produtos verdes. A água utilizada no processo de eletrólise será proveniente de uma nova usina de dessalinização ou reúso de água.

Atualmente, o projeto está em fase de viabilidade, onde estão sendo realizados estudos de engenharia, impacto ambiental e social para identificar oportunidades viáveis de produção de hidrogênio verde na região, protegendo a biodiversidade e garantindo oportunidades para as comunidades locais.

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