O objetivo do projeto é oferecer uma terapia recreativa, combinando os elementos terapêuticos do mar com a aventura do surf
Projeto ‘Maré Azul’ oferece aulas de surf para crianças autistas em Fortaleza
O projeto “Maré Azul: Surf terapia para crianças autistas” teve inicio em 2022. Pedro André, fundador do projeto, em parceria com a NS Escola de Surf, criou a escola depois que seu sobrinho foi diagnosticado com o Transtorno do Espectro Autista (TEA). A família encontrou dificuldades em lidar com o autismo, sofrendo com a exclusão da sociedade e necessitando de atividades terapêuticas para auxiliar no desenvolvimento da criança.
“Eu via a dificuldade da minha cunhada e do meu irmão. No começo, eles não aceitavam porque eles não entendiam o que era autismo e eu comecei a procurar saber, conversar com os médicos e psicólogos amigos. Assim, senti o desejo de trabalhar com essas crianças dentro do nosso posto de saúde”, destacou.
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A NS Escola de Surf abraçou a proposta de atuar com o surf terapia para as crianças autistas da comunidade Moura Brasil e demais localidades da cidade de Fortaleza, maneira voluntária.
“Maré Azul” é uma proposta de terapia recreativa, combinando os elementos terapêuticos do mar com a aventura do surf, impactando positivamente o bem-estar físico e mental das crianças. Segundo o psiquiatra Richard Graham, o sentimento de “espanto” causado pelo esporte pode ajudar as crianças a trabalharem conflitos, raivas e frustrações, além disso, o surf é uma prática de atenção plena que ajuda a
promover a autoconsciência, uma ferramenta poderosa para melhorar a qualidade de vida dos autistas.
Cada aula de surf é um trabalho individual e o responsável pela criança precisa estar presente, pois irá conduzir o relacionamento com ela, considerando que cada criança pode apresentar diferentes níveis do TEA.
O trabalho de equilíbrio e força atua diretamente na concentração e capacidade de aprendizado e a confiança é a chave para o surf terapia. Inicialmente a criança precisa se adaptar ao ambiente de praia, aos instrutores e voluntários, conhecer os materiais de surf e, de maneira gradual, aproximar-se do mar. A maioria tem uma boa aceitação do contato com a água, mas ainda assim, o maior desafio é fazê-los subir na prancha e descer a onda.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é resultado de alterações físicas e funcionais do cérebro e está relacionado ao desenvolvimento motor, da linguagem e comportamental.
– Dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, identificar expressões faciais e compreender gestos comunicativos, expressar as próprias emoções e fazer amigos;
– Dificuldade na comunicação, caracterizado por uso repetitivo da linguagem e dificuldade para iniciar e manter um diálogo;
– Alterações comportamentais, como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas e dificuldade de imaginação.
O TEA afeta o comportamento da criança. Os primeiros sinais podem ser notados em bebês nos primeiros meses de vida. No geral, uma criança com transtorno do espectro autista pode apresentar os seguintes sinais: Embora ainda não tenha cura, o TEA pode ser tratado de inúmeras formas.
Com o apoio de uma equipe multidisciplinar (diferentes profissionais), a criança pode desenvolver formas de se comunicar socialmente e de ter maior estabilidade emocional.
Como ajudar as crianças autistas do projeto
1. Com apoio financeiro: O valor será utilizado para a compra de materiais de surf, manutenção do espaço e equipamentos, alimentação dos participantes, palestras educativas, eventos, entre outros;
2. Materiais de surf: A escolinha necessita de materiais e estrutura específica para uso no projeto Maré Azul, sendo eles:
– Pranchas Soft Board
– Quilhas
– Balance Board
– Parafina
– Strep (Leash)
– Colete salva vidas infantil
– Lycra de surf
– Protetor solar
3. Doando alimentos: Após as aulas e encontros do time Maré Azul costuma-se realizar um lanche para os participantes e a doação de alimentos para este momento é bem-vinda: pães, bolos, café, sucos, água,
frios, entre outros.
4. Sendo voluntário: O projeto precisa de voluntários para a recepção, preparo das refeições , apoio nas aulas, etc.;
5. Apoiando a produção / comprando produtos: Serão desenvolvidos artigos especiais para divulgação e uso no projeto, entre eles: camisetas, bonés, lycras, etc. e todo o lucro obtido com as vendas será para melhoria do trabalho voluntário prestado;
6. Apoio profissional especializado: Profissionais que atuam ou tem
interesse em atuar com as crianças com TEA e/ou apoiar o projeto com sua
mão de obra (psicólogos, fisioterapeutas, educadores físicos, etc.)
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