Um levantamento feito pela Câmara dos Deputados estima o tamanho do prejuízo gerado após a invasão e destruição de prédios públicos em Brasília. O cálculo é parcial e o valor poderá ser maior após a avaliação completa.
Atos terroristas em Brasília geram prejuízos materiais de mais de R$ 122 mil
Os danos materiais resultantes dos atos terroristas em Brasília no último domingo (8) já somam prejuízos de, pelo menos, R$ 122 mil, de acordo com levantamento realizado pela Câmara dos Deputados.
Durante a ação de vandalismo, foram destruídas peças e equipamentos de prédios da Praça dos Três Poderes, idealizados pelo arquiteto Oscar Niemeyer, na capital federal, como a Câmara, o Senado, o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Palácio do Planalto.
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Segundo a verificação realizada pela Câmara, até o momento, o prejuízo estimado foi de:
Vidros diversos: R$ 100.000
Vídeo wall: R$10.000
TVs: R$ 6.000
Cadeiras: R$ 6.000
Itens como equipamentos de informática, computadores, telefones, equipamentos de rede e impressoras ainda não foram considerados para o cálculo.
O painel feito pelo artista Athos Bulcão e que foi danificado durante a invasão precisará de restauro, cujo valor também ainda não foi previsto.
A tela “Mulatas”, no Planalto, pintada em 1962 pelo artista Di Cavalcanti, foi furada pelos manifestantes. O vitral feito em 1977 por Marianne Perettim, intitulado como “Araguaia” e que fica no salão verde da Câmara também foi danificado.
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No Supremo, os prejuízos aumentam. A cadeira da presidenta Rosa Weber, por exemplo, que foi concebida pelo designer Jorge Zalszupin, foi arrancada do local.
Serão calculados os custos com mão de obra e material necessários à limpeza dos ambientes e reparos emergenciais, como da rede elétrica da plataforma superior do Palácio do Congresso.
Governo identifica financiadores de atos terroristas em 10 estados
O governo federal, por meio do Ministério da Justiça, identificou financiadores dos atos terroristas e contra a democracia em 10 estados. A informação foi repassada pelo ministro titular da pasta, Flávio Dino, na tarde desta segunda-feira (9), no Palácio da Justiça, em Brasília.
O ministro não apresentou, contudo, detalhes sobre as unidades federativas. Dino ressaltou, porém, que não há dúvidas da ação de financiadores por trás das ações de vandalismo, que incluem a invasão da sede da Polícia Federal e o quebra-quebra na área central de Brasília, em 12 de dezembro, a ameaça de explosão de uma bomba nas proximidades do aeroporto da capital federal, na véspera de Natal, e as depredações das sedes dos três Poderes, nesse domingo (8).
Dino concedeu entrevista coletiva no Palácio da Justiça, em Brasília. Ele estava acompanhado dos delegados-chefe da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal, Antônio Fernando Oliveira e Andrei Rodrigues, respectivamente.
“Não é possível distinguir [de quais setores partiram os financiamentos], mas houve, sim, cabalmente, financiamento. Temos a relação dos contratantes dos ônibus, que serão chamados a prestar esclarecimentos”, afirmou Dino.
Ele afirmou que não há, até o momento, nenhum elemento capaz de responsabilizar juridicamente o governador afastado do DF, Ibaneis Rocha (MDB). Na avaliação do ministro, ainda não é possível saber se houve crime ou erro. No entanto, os comandantes das polícias da capital do país, principalmente da Polícia Militar, serão revistos.
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