ECONOMIA

Fortaleza tem 75,4% de consumidores endividados, entenda

Este resultado, mostra um aumento de 2,4 pontos percentuais quando comparado com o bimestre encerrado em dezembro

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15 de fevereiro de 2023
Portal GCMAIS

De acordo com a pesquisa do Endividamento do Consumidor de Fortaleza, realizada no bimestre janeiro/fevereiro de 2023, 75,4% dos consumidores da capital cearense possuem algum tipo de dívida. Este resultado, mostra um aumento de 2,4 pontos percentuais quando comparado com o bimestre encerrado em dezembro, de 73,0%, mas levemente abaixo do observado no mesmo período do ano passado (75,5%). O estudo é realizado pela Fecomércio-CE, através do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC).

Fortaleza tem 75,4% de consumidores endividados, entenda
Foto: Reprodução

Já a proporção de consumidores com contas ou dívidas em atraso teve diminuição de 5,1 pontos percentuais, passando de 27,3%, no bimestre novembro/dezembro, para 22,2% no atual período. As dificuldades em honrar os compromissos financeiros afetam mais os homens (23,3% dos entrevistados desse grupo afirmaram possuir contas em atraso), os consumidores do estrato com idade entre 25 e 34 anos (25,4%) e da classe com renda familiar mensal entre cinco e dez salários-mínimos (22,8%).

O tempo médio de atraso é de 69 dias e a principal justificativa para o não pagamento das dívidas é a necessidade de se adiar o pagamento, para uso dos recursos em outras finalidades, com 50,0% das respostas. O segundo motivo mais mencionado é o desequilíbrio financeiro, citado por 44,3% dos entrevistados, seguido da contestação das obrigações (4,6%) e da perda de prazo por esquecimento (4,2%).

Fortaleza tem 75,4% de consumidores endividados

O consumidor de Fortaleza está comprometendo, em média, 42,4% da renda familiar com o pagamento das dívidas, exatamente o mesmo resultado do último semestre encerrado em dezembro de 2022, mas ainda superior à média histórica do indicador, de 35,0%.

Os instrumentos de crédito mais utilizados pelos consumidores são: cartões de crédito, citados por 81,2% dos entrevistados; financiamento bancário (veículos, imóveis etc.), com 14,5%; empréstimos pessoais, com 11,2%; carnês e crediários, com 4,6%; e cheque especial, com 1,5%.

A pesquisa mostra que são os gastos correntes os principais responsáveis pelo endividamento, com destaque para a compra de alimentos a prazo (citado por 57,4% dos consumidores entrevistados), a aquisição de itens de vestuário (33,3%), a cobertura de despesas de saúde (22,1%) e o pagamento de aluguel residencial (21,3%). O valor médio das dívidas é de R$ 1.712, com prazo médio de oito meses.

Inadimplência potencial

A taxa de inadimplência potencial, ou seja, a proporção de consumidores que não terão condições financeiras para honrar seus compromissos, teve uma redução de 2,4 pontos percentuais, atingindo o patamar de 9,1% no bimestre janeiro/fevereiro. O índice também mostra melhoria com relação ao mesmo período de 2022, quando foi mensurado em 10,3%.

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O perfil do consumidor inadimplente mostra preponderância do grupo de consumidores do sexo masculino (inadimplência potencial de 10,1%), do grupo com idade acima dos 35 anos (9,4%) e do estrato com renda familiar mensal inferior a cinco salários-mínimos (9,3%).

Orçamento familiar

A pesquisa ainda revela que 78,1% dos consumidores de Fortaleza afirmam fazer orçamento mensal e acompanhamento eficaz dos seus gastos e rendimentos, o que contribui para um melhor controle dos níveis de endividamento. Dos entrevistados, 10,9% relataram que fazem orçamento dos rendimentos, mas sem controle eficaz dos gastos e 11,0% informaram não possuir orçamento e tampouco controle dos gastos.

A falta de planejamento orçamentário é um problema crítico para o controle do endividamento, estando sempre entre um dos principais motivos para o atraso ou inadimplência. Dos fatores que os consumidores consideram que mais contribuem para esse problema, listam-se:

• A falta de orçamento e controle dos gastos, com 56,9% das respostas;
• As compras por impulso, sem necessidade ou além do necessário, com 18,6%;
• Gastos imprevistos, com 17,3%;
• O aumento dos gastos considerados essenciais, com 17,0%;
• Desemprego, com 16,8%; e
• Redução dos rendimentos, com 15,0%.

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