Cainã Cavalcante e Tiago Picachu usaram as redes sociais para contar os episódios de agressões que sofreram no evento gratuito
Músicos cearenses relatam agressões da equipe de segurança do Carnaval de Fortaleza
O músico Cainã Cavalcante utilizou as redes sociais, nesta sexta-feira (24), para relatar as agressões que sofreu por parte da equipe de seguranças que trabalhavam no polo de Carnaval do Aterrinho da Praia de Iracema. Segundo ele, o fato aconteceu na última terça-feira (21), último dia da programação carnavalesca da Prefeitura de Fortaleza.
Na postagem no Instagram, Cainã detalhou que aguardava por um amigo que realizava um trabalho no evento e, durante a passagem de um carro para os bastidores, ele se afastou para dar espaço para a passagem do veículo, passando um pouco da área interna das grades.
“Os seguranças que já estavam em clima de agressividade, abriram as grades para que um carro pudesse entrar. Afastamos para o canto esquerdo, para que o carro pudesse passar, e eu fiquei na ponta, quase passando a grade. Foi quando 4 seguranças (do nada!) correram pra cima de mim, gritando, me agarrando, me puxando, mão no pescoço, mão na cintura… um terror! E eu só falava: “Calma, gente! Me solta! Me solta! Eu to saindo da frente do carro!”, e aí veio um quinto segurança e me deu um soco na costela. Nesse momento, eu gelei e gritei: “Vocês me agrediu, cara?!” E na hora eles viram que tinham passado um limite gravíssimo”, detalhou o músico na publicação.
Cainã relatou que as pessoas ao redor começaram a intervir ao reconhecer ele e em seguida ele foi encaminhado para uma área reservada do evento.
“Tentaram me acalmar com água, com inúmeros pedidos de desculpas feito por parte dos organizadores, autoridades políticas. Mas eu gostaria de dizer, que não foi suficiente!!! O secretário de cultura passou ao meu lado, durante o ocorrido, enquanto várias pessoas tentavam me acolher, e passou direto. Como se nada tivesse acontecido. Passaram-se os dias e ninguém veio se retratar comigo. A cena cultural inteira comentando, demonstrando solidariedade. E os gestores, nada!”, escreveu Cainã.
O músico Tiago Pikachu também usou as redes sociais para relatar as agressões que sofreu por parte dos seguranças contratados para o Carnaval de Fortaleza. Ele contou estar com a pulseira de acesso aos bastidores e, ao retornar do banheiro, os profissionais o impediram de entrar novamente.
“Você toca no evento da sua Cidade, sai para ir no banheiro, tenta entrar novamente (com a pulseira de banda do evento) e um segurança empurra você como um saco de lixo”, desabafou Tiago, em publicação no Instagram.
Em nota, a Secretaria de Cultura de Fortaleza (SecultFor) declarou que repudia os atos de violência que aconteceram durante o evento e informou que o secretário Elpídio entrou em contato com Cainã Cavalcante para prestar solidariedade e se desculpar pela situação.
“A Secretaria Municipal da Cultura (Secultfor) repudia, veementemente, todo e qualquer ato de violência em eventos da pasta. O secretário Elpídio Nogueira entrou em contato com o artista Cainã Cavalcante para se desculpar e se solidarizar com o músico, como também deixá-lo a par das providências já em execução. Foi determinada a apuração do caso, ocorrido na última terça-feira. O titular da secretaria reuniu a organização do evento para definir medidas e encaminhamentos a fim de que esse caso não se repita, incluindo uma melhor capacitação dos profissionais de segurança. A empresa responsável pela segurança já foi notificada”, disse a nota.
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