Artista falou em público pela primeira vez sobre a violência sexual que sofreu, que culminou numa gravidez em decorrência de um estupro e a posterior adoção da criança
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A atriz Klara Castanho falou em público pela primeira vez sobre a violência sexual que sofreu, que culminou numa gravidez em decorrência de um estupro e a posterior adoção da criança. A artista ainda não havia se pronunciado em um programa de TV desde a exposição do caso pelo colunista Léo Dias e pela apresentadora Antonia Fontenelle.
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Ao lado da ministra dos Povos Originários, Sônia Guajajara, da jornalista Sandra Annenberg e da ex-“BBB” Tina Calambra, Klara Castanho afirmou no programa Altas Horas, da TV Globo, que confia na justiça.
“Eu nunca imaginei que eu teria que falar e lidar com isso fora do grupo das pessoas que foram involuntariamente incluídas, minha família. Recebi muito acolhimento, as pessoas foram muito gentis. Tenho uma rede de apoio maravilhosa. Foi um período de recolhimento voluntário depois de tudo o que aconteceu no ano passado. Depois que vim a público, de novo, de forma forçada, eu denunciei todos os crimes aos quais fui submetida. Todos, sem nenhuma exceção. E o que me resta neste momento, e ainda bem, é confiar na Justiça e eu confio muito. Não só na Justiça, mas numa Justiça maior”, desabafou.
Caso Klara Castanho
No dia 25 de junho de 2022, Klara publicou um texto falando sobre um estupro que sofreu, da gravidez gerada pelo ato, e como foi feito o procedimento de adoção da criança. Ela disse que estava longe de amigos, familiares, e até de sua cidade, e não sabia, no primeiro momento, que estava esperando um bebê. A atriz falou também como se deu o processo de adoção, que foi dentro dos padrões da lei, e a experiência da gestação. Mesmo com a violência, Klara afirmou, na carta, não ter feito, inicialmente, o boletim de ocorrência registrando a violência por ter vergonha e por se sentir culpada.
Repercussão
Klara contou que foi procurada por dois colunistas sociais. Um deles sabia da gravidez, mas não sabia como a gestação tinha se dado.
Sem revelar o nome de Klara Castanho, Antonia Fontenele teria exposto a situação que seria da atriz, mas sem identificá-la. Ela comentava o caso de uma criança de 11 anos que realizou um aborto em decorrência de um estupro.
Fontenele não identificou Klara, mas falou sobre uma “atriz da Globo, de 21 anos de idade…”, e mais, que “Na hora de pegar uma criança, parir e jogar no mundo, que não sabe nem o que vai acontecer, aí não tem religião certa, aí pode”.
Léo Dias e Fontenelle divulgaram em conjunto informações sigilosas sobre o fato de a atriz ter entregado para adoção uma criança fruto de um estupro do qual ela foi vítima. A legislação brasileira garante o direito ao sigilo nesses casos e divulgar tais dados incorre em crime.
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