INTERNACIONAL

Líder de seita acusado da morte de 110 pessoas é preso novamente no Quênia

Paul McKenzie enfrenta processo por terrorismo

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2 de maio de 2023
Portal GCMAIS

O líder de uma seita, suspeito de responsabilidade na morte de pelo menos 110 pessoas no Quênia, foi novamente detido pelas autoridades do país e acusado de terrorismo. A prisão aconteceu nesta terça-feira (2), imediatamente depois de um tribunal ter encerrado o primeiro processo contra ele.

Líder de seita acusado da morte de 110 pessoas é preso novamente no Quênia
Foto: Reprodução

Paul McKenzie é líder da Igreja Internacional da Boa Nova e estava preso desde 14 de abril. Ele compareceu a um tribunal queniano no início do dia para ouvir a acusação e pedir que o processo contra ele fosse encerrado.

Tendo em vista ao novo julgamento, o tribunal aceitou a petição e determinou a libertação, embora ele tenha sido imediatamente detido. Outros seis suspeitos também foram capturados.

Segundo o jornal queniano The Standard, a decisão foi comemorada pelas famílias das vítimas e pelas organizações da sociedade civil, com vista ao novo julgamento.

Conforme informações das agências de notícias internacionais, os corpos foram encontrados em valas comuns em um terreno utilizado pela seita. O local fica em área arborizada de Shakahola, no condado de Kilifi, sul do Quênia. As primeiras autópsias confirmaram que as vítimas morreram de fome, embora algumas estivessem asfixiadas.

Os primeiros corpos foram descobertos após escavações feitas pelas autoridades, em 21 de abril, no terreno utilizado pela seita.

Até o momento, um total de 110 cadáveres foram recuperados pelas autoridades quenianas. Os trabalhos continuam e a expectativa é que esse número aumente.

Conforme a agência de notícias RTP, os principais líderes da seita convocaram os seguidores a jejuar até a morte. Havia a promessa de que se encontrariam com Jesus Cristo em uma nova vida.

O presidente do Quênia, William Ruto, classificou McKenzie como “terrível criminoso”. A Cruz Vermelha do país trabalha para localizar cerca de 210 pessoas, incluindo 110 crianças desaparecidas e que tinham ligação com as atividades da seita.

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Ainda conforme a agência de notícias RTP, após a audiência desta terça-feira (2), Paul Mackenzie foi transferido para Mombaça, a segunda maior cidade do Quênia, onde existe “um tribunal com poderes para tratar de casos de prevenção do terrorismo”, disse a procuradora Vivian Kambaga.

O tribunal deverá deferir o pedido do Ministério Público do país para manter o líder da seita em prisão preventiva durante 30 dias, enquanto são feitas investigações sobre seu possível envolvimento. O crime ficou conhecido como o “massacre da floresta de Shakahola”.

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