Nesta semana, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) determinou que Leo Lins retirasse o show de humor “Perturbador” das plataformas digitais.
Ministra Anielle Franco classifica como ‘piada racista’ comentário de Léo Lins sobre morte de Marielle
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, visitou o Ceará nesta quinta-feira (18) para o primeiro encontro da Caravana Participativa para a construção do Plano Juventude Negra Viva. Durante coletiva, ela classificou como “piada racista” os comentários recentes do humorista Léo Lins ao ironizar a morte da irmã dela, Marielle Franco, durante show de stand-up.
“Não dá pra gente, em pleno [ano de] 2023, ainda achar graça de piada racista, né?”, comentou a gestora em coletiva à imprensa, no Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura, em Fortaleza.
A ministra veio ao Ceará e o diretor de Políticas de Combate e Superação do Racismo, Yuri Silva, para o primeiro encontro da Caravana Participativa para a construção do Plano Juventude Negra Viva. O projeto vai percorrer todos os estados do Brasil.
Nesta semana, o Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) determinou que Leo Lins retirasse o show de humor “Perturbador” das plataformas digitais. A Justiça considerou preconceituosas algumas falas do especial de comédia. O comediante alega ter sofrido censura e continua impedido de publicar na internet “conteúdo depreciativo ou humilhante”.
Ainda sobre os cometários de Léo Lins a respeito da morte de Marielle, a ministra afirmou que não é uma censura aos humoristas que está em discussão. “Acho que não é a censura que está em discussão. O que está em discussão é que ninguém gosta de ser rechaçado ou ter sua imagem vinculada a algo que não acredite. Ninguém gosta de piada sem graça, que venha a ter um conflito com a honra, com a memória da pessoa”, ressaltou Franco.
Cinco anos após assassinato, caso Marielle Franco segue indefinido
O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes completa cinco anos no dia 14 de março e segue sem resposta sobre o mandante do crime. As investigações levaram à prisão de dois executores: o policial militar reformado Ronnie Lessa, por ter atirado na vereadora; e o motorista e ex-policial militar Elcio de Queiroz. Os motivos e os líderes do atentado permanecem desconhecidos.
O próprio processo de investigação passou a ocupar um lugar central no noticiário. A Polícia Civil teve cinco delegados responsáveis pelo caso na Delegacia de Homicídios do Rio de Janeiro. No Ministério Público Estadual, três equipes diferentes atuaram no caso durante esses anos.
A última mudança aconteceu no início de março de 2023, quando o procurador-geral de Justiça, Luciano Mattos, escolheu sete novos promotores para integrar a força-tarefa coordenada por Luciano Lessa, chefe do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). As trocas constantes de comando receberam críticas de familiares e movimentos sociais nesses cinco anos, e levaram a suspeitas de obstrução nas investigações.
O avanço mais consistente no caso aconteceu em março de 2019, quando Élcio de Queiroz e Ronnie Lessa foram presos no Rio de Janeiro. O primeiro é acusado de ter atirado em Marielle e Anderson, o segundo, de dirigir o carro usado no assassinato. Quatro anos depois, eles continuam presos, mas não foram julgados. Procurado pela reportagem, o Tribunal de Justiça do Rio informou que é esperado “o cumprimento de diligências requeridas pela promotoria e pela defesa para que seja marcada a data do julgamento”.
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