EM DISCURSO

No Senado, Cid Gomes rebate críticas sobre aumento de ministérios do governo Lula

Parlamentar defende a separação de temas por ministérios para que as políticas sejam melhor executadas

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1 de junho de 2023
Portal GCMAIS

O senador cearense Cid Gomes (PDT) rebateu, nesta quinta-feira (1º), as críticas da oposição ao governo Lula sobre a a Medida Provisória que reestrutura a Esplanada dos Ministérios, aprovada por 51 votos contra 19. Não houve alterações em relação ao texto aprovado na Câmara dos Deputados.

No Senado, Cid Gomes rebate críticas sobre aumento de ministérios do governo Lula
Foto: Agência Brasil

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Enquanto parlamentares de oposição defendem a redução do número de pastas, Cid Gomes afirmou que é preciso separar os temas por ministérios para que a política seja melhor executada.

“Qual é o manual que está escrito que a quantidade de ministérios de um governo deve ser pequena, deve ser 23 e não 37? Onde é que é o manual, qual é a universidade do mundo que propõe isso?”, disse o senador.

Cid Gomes defende aumento de ministérios

O debate no plenário do Senado se deu em torno do aumento do número de pastas da Esplanada de 23 para 37 ministérios ou órgãos com status de ministério. Para Cid, a divisão por temas é fundamental para o planejamento e execução de políticas públicas direcionadas.

“O que aconteceu no governo passado: juntaram sob o mesmo ministério Planejamento, Fazenda, Indústria e Comércio, Previdência e Trabalho. Cinco setores que são absolutamente distintos e muitas vezes conflitantes”, concluiu.

Medida Provisória

Editado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva no primeiro dia de governo, o texto aprovado manteve as modificações feitas na Comissão Mista, com retirada de atribuições dos ministérios do Meio Ambiente, dos Povos Indígenas e do Desenvolvimento Agrário. A MP que reestrutura os ministérios agora segue para sanção presidencial.

Entre as mudanças no Ministério do Meio Ambiente, foi retirada da pasta a Agência Nacional de Águas (ANA), passando a supervisão do órgão ao Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Já o Cadastro Ambiental Rural (CAR), um cadastro eletrônico obrigatório a todas as propriedades e posses rurais, é transferido para o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.

O MMA também perdeu o Sistema Nacional de Informações em Saneamento Básico (Sinisa), o Sistema Nacional de Informações sobre a Gestão dos Resíduos Sólidos (Sinir) e o Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos (Singreh). Os três sistemas serão de responsabilidade do Ministério das Cidades.

O Ministério dos Povos Indígenas deixará de cuidar da homologação de terras de povos originários, devolvida à pasta da Justiça e Segurança Pública.

Além disso, houve a redistribuição de atribuições da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) – que passou a ser vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) – para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), ao qual a companhia pertencia antes.

Pelo texto aprovado, o Mapa ficará responsável pela garantia de preços mínimos, à exceção dos produtos da sociobiodiversidade, e as ações sobre comercialização, abastecimento e armazenagem de produtos, bem como o tratamento das informações relativas aos sistemas agrícolas e pecuários.

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