Antônio Alves Dourado, assumiu a responsabilidade pelos assassinatos cometidos
Chacina em Camocim: Justiça nega insanidade mental de inspetor que matou quatro policiais
O Ministério Público do Ceará (MPCE) rejeitou a solicitação de um Incidente de Insanidade Mental feito pela defesa do policial civil acusado de matar quatro colegas em uma delegacia. A chacina que ocorreu há um mês em Camocim teve um novo desdobramento nesta quarta-feira (14) com a confirmação de que a Justiça acatou o posicionamento do MPCE.
Por meio de nota, o MPCE informou que realizou a denúncia contra o policial civil na segunda-feira (12), porém, em virtude do processo tramitar em segredo de Justiça, não foi possível divulgar mais informações sobre o caso. Com a decisão judicial desfavorável à alegação de insanidade mental, o processo seguirá em andamento normal, sem a suspensão dos prazos estabelecidos.
O policial civil, Antônio Alves Dourado, assumiu a responsabilidade pelos assassinatos cometidos. Em um vídeo gravado antes de se entregar às autoridades, o agente expressou seu arrependimento e alegou ter sido vítima de assédio moral e perseguição.
Chacina de policiais em Camocim, no Ceará
Quatro policiais civis foram mortos a tiros na madrugada do dia 14 de maio, Dia das Mães, dentro da Delegacia Regional de Camocim. Conforme a Polícia Civil do Estado do Ceará (PC-CE), o suspeito também é um policial civil e foi preso. A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará (SSPDS) e órgãos vinculados “lamentam profundamente o episódio ocorrido”, em nota.
A Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD) informou que foram adotadas todas as medidas possíveis para viabilizar a solução do caso.
O policial que assassinou quatro colegas, em Camocim, litoral oeste do Ceará, neste domingo (14), chegou por volta de 4h40 da madrugada na delegacia da cidade pilotando uma motocicleta. O atirador chegou pelos fundos da delegacia, pulou o muro e foi para o andar de cima do prédio.
Nesse local, ele encontrou o plantonista, que foi o primeiro a ser morto. Era Antônio Cláudio dos Santos. Após essa ação, ele foi para os dormitórios, onde estavam os outros 3 policiais. Todos foram mortos ali. Eram Antônio José Rodrigues Miranda, Francisco dos Santos Pereira e Gabriel de Souza Ferreira.
A polícia encontrou gás de cozinha no local, e várias mangueiras conectadas que conduziam esse gás, o que levantou a suspeita de que o plano do policial era asfixiar os colegas. Ele premeditou o crime, e pretendia matar os outros policiais que renderiam o plantão. Após os disparos chamarem a atenção, viu que não seria mais possível executar o plano inicial e fugiu em uma viatura, mas abandonou o carro e depois foi preso e autuado em flagrante. Ele segue detido.
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