CEARÁ

Macaco-prego invade residência e morde adolescente no interior do Ceará

Jovem mordido por macaco-prego recebeu pontos na mão e foi vacinado contra a raiva, não sendo necessário deslocamento para Fortaleza

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11 de julho de 2023
Portal GCMAIS

Um macaco-prego invadiu uma casa e mordeu um adolescente de 16 anos na localidade de Ipu Mazagão, distrito de Itapipoca, interior do Ceará, nessa segunda-feira (10). O jovem foi socorrido com um corte na mão e a 5ª Companhia do 3º Batalhão dos Bombeiros Militares foi acionada para resgatar o animal.

Macaco-prego invade residência e morde adolescente no interior do Ceará
Foto: Corpo dos Bombeiros

De acordo com os bombeiros, a mãe do adolescente relatou que o filho foi atacado e mordido pelo macaco-prego e levado por populares para uma unidade de saúde em Itapipoca antes da chegada dos bombeiros.

No local de atendimento médico, o jovem recebeu pontos na mão e foi vacinado contra a raiva, não sendo necessário o deslocamento para Fortaleza. Segundo moradores da região, o macaco-prego já vinha causando transtornos e danos na região, danificando telhados e destruindo alimentos e objetos dos moradores da comunidade, mas nunca tinha atacado ou mordida outras pessoas ou outros animais.

Sobre a destinação do macaco-prego, o tenente-coronel dos Bombeiros Mardens Vasconcelos informou que o animal foi resgatado, alimentado e encaminhado ao Instituto do Meio Ambiente de Itapipoca. Nos últimos pelo menos quatro primatas, foram retirados de dentro de residências na mesma região.

Prevenção com macaco-prego e outros animais silvestres

Os bombeiros ressaltam que é necessário manter distância segura de animais silvestres para prevenir incidentes e ligar para o 193.

Nos seis primeiros meses de 2023, o Corpo de Bombeiros do Ceará resgatou 6.024 animais. Esses resgates representam um aumento de 12% em comparação com o mesmo período de 2022, quando foram resgatados 5.399 animais em todo o Ceará.

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Quais doenças uma mordida de macaco-prego pode provocar

A mordida de um macaco-prego pode causar diferentes tipos de infecções e complicações, assim como a mordida de qualquer animal. A saliva dos animais pode conter bactérias e outros patógenos que podem ser transmitidos ao ser humano através da mordida. Uma das principais preocupações após uma mordida de macaco-prego é a infecção bacteriana, que pode levar a uma condição chamada celulite infecciosa. A celulite infecciosa é uma infecção bacteriana da pele e dos tecidos subjacentes que pode se espalhar rapidamente se não for tratada adequadamente.

Outra possível complicação de uma mordida de macaco-prego é a transmissão de doenças virais, como a raiva. A raiva é uma doença grave que pode ser transmitida através da mordida de um animal infectado. A primeira vez que foi identificado o vírus da raiva em macacos-prego foi em uma pesquisa divulgada em 2014, fruto de um convênio entre a Faculdade de Medicina Veterinária da USP e a Universidade Nihon, no Japão.

No estudo publicado na revista Virus Research, um grupo de pesquisadores brasileiros e japoneses relatou ter identificado uma possível nova variante do vírus em um macaco-prego no município de Marcelândia, no estado de Mato Grosso. Até então, os pesquisadores haviam identificado uma variante do vírus circulando em saguis, que passaram, a partir daí, a ser considerados um reservatório natural da doença. Entre os anos de 1991 e 1998, os saguis-de-tufo-branco causaram oito mortes de seres humanos por raiva no Ceará.

Pesquisas sobre a raiva em animais silvestres têm se tornado cada vez mais necessárias. Enquanto a variante do vírus da raiva que circula entre cães está erradicada em muitos países e controlada na maioria dos estados brasileiros, a relacionada aos morcegos e outros animais silvestres continua circulando.

A recomendação nesses casos é procurar atendimento médico imediato após uma mordida de qualquer animal, incluindo macacos-prego. O médico avaliará a ferida, prescreverá o tratamento apropriado, como a limpeza adequada da ferida, a administração de antibióticos para prevenir infecções e, se necessário, a aplicação de vacinas contra a raiva ou outras doenças.

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