A banda tenta fugir do padrão mais do mesmo na atitude, “queremos ser regionais sem que pra isso tenhamos que parecer cabaçais”.
The Good Garden 20 anos de Rock ‘n Roll sem parar por nada
A banda cearense The Good Garden está completando 20 anos de estrada, sem parar nenhum momento, consolidando uma carreira de muitas batalhas, sendo uma das bandas mais produtivas do cenário underground alencarino. O que eles afirmam ironicamente como multiverso good gardiano, é um núcleo de produção criativa que trabalha em várias frentes.
Se pensarmos em produção cultural temos The Good Garden realizando o festival Rock Até os Ossos, já com 22 anos de existência, além do Bomja Rocks e do The Good Garden convida. Vez por outra a gente ver alguém vestido com uma camiseta – RAO STORE – marca que abriga todas as logos e atividades da galera de forma alternativa. Eles agora estão no processo de registro do seu primeiro curta metragem: O Assassino João Maldade, baseado no universo de personagens criados pela banda. Existe a toca Good Garden, espécie de QG da banda que funciona como pub e como espaço de multi-linguagens. E ainda tem a HQ The Good Garden Boys! Que vez por outra está facilitando projetos de incentivo a leitura, nas escolas de ensino fundamental para o público infanto juvenil.
The Good Garden está completando 20 anos de estrada
A banda deu inicio as atividades com o nome The Good Garden em 2003, após o final definitivo de uma outra banda chamada Em Si. Na época Cícero Alexandre e Georgiano de Castro decidem criar outra banda autoral, dessa vez com um conceito de rock regressivo, tendência que mantém um estilo que reproduz o som dos primórdios do rock in rool, mas precisamente o blues rock e o rockabilly. Com o tempo e as formações a banda vai maturando seu estilo, passando a se auto denominar rock popular brasileiro, tiração de sarro com a MPB, até virar um caldeirão de influencias
https://www.youtube.com/watch?v=zIgjMNSTATE&t=1s
A atual e mais duradoura formação da banda conta com Cícero Alexandre na bateria, Georgiano de Castro no baixo, Wellington Lobo nas guitarras e todo mundo canta, compõe e faz tudo. O núcleo criativo ainda conta com o auxílio luxuoso de Thiago Nascimento, designer e audiovisual, Wesley Thomaz, conselheiro e consultor para assuntos aleatórios e de curtição, e com Silsa Aguiar para gerenciar tudo.
The Good Garden por eles mesmos
Cícero Alexandre, baterista e idealizador da banda, aponta que ele acredita ser hoje em dia um grupo mais maduro musicalmente, envolvidos com a realidade que lhes cercam e que, dentro de todas as vertentes do rock, enxergam formas potentes de criar comunicação. “Repensamos as possibilidades de ser uma banda não apenas só através da música, queremos explorar novas possibilidades do fazer artístico, algo diferente do que era modelo na época da indústria fonográfica antiga, que é ainda referência para quem está começando hoje em dia”.
Mesmo com toda tecnologia, conclui Cícero, o novo modelo de indústria escraviza ainda mais os músicos; “somos renegados e colocados no ostracismo ou na condição de incapacidade de se auto sustentar apenas com a música”.
A banda tenta fugir do padrão mais do mesmo na atitude, “queremos ser regionais sem que pra isso tenhamos que parecer cabaçais”. Com referência ao movimento que misturava rock com elementos regionais no final dos anos 90 e inicio dos 2000. Para isso o desafio é gerenciar o tempo, as exigências dos núcleos familiares, profissionais e sociais, que ainda não se habituaram ao rock in roll como nosso estilo de vida.
https://www.youtube.com/watch?v=ckLX7kvkh8s
Life stile The Good Garden
Para tanto, o “life stile The Good Garden Rocker”, está mais para a revolta dos que nunca foram dândis, apesar de razoável aparência, do que para aquele tríplice engano: sexo, drogas e rock in roll. Somos uma banda desse tempo, com pé no chão e com uma vontade muito grande de acontecer, digo eu, Georgiano, também membro fundador da banda.
Não se trata só de resistência, para nós é algo muito mais focado em existência mesmo, afirma Wellington Lobo, que está na banda desde meados de 2011. “Estamos em todas as plataformas de streaming, tocamos aonde nos dão condições mínimas de tocar, estamos inseridos nas lutas sociais do nosso meio, assim se faz uma banda ativa hoje em dia”.
É isso aí galera! Na próxima quinta estaremos de volta com a Mais Música e com mais estórias de resistência e coragem pela música alternativa do Ceará.
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