JOIAS DO PRESIDENTE

Bolsonaro teria recebido pedras preciosas e CPMI aciona PGR para investigar

Não é o primeiro caso envolvendo o ex-presidente e recebimento de joias; em março, investigação já apontava outro envolvimento

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5 de agosto de 2023
Portal GCMAIS

A CPMI dos atos de 8 de janeiro quer que a PGR (Procuradoria-Geral da República) investigue a origem e o destino de “pedras preciosas” que foram entregues ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em outubro de 2022 na cidade de em Teófilo Otoni, em Minas Gerais.

Bolsonaro teria recebido pedras preciosas e CPMI aciona PGR para investigar
Foto: Reprodução

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Uma troca de emails entre funcionários da ajudância de ordens da Presidência aponta que o ex-mandatário teria recebido, durante sua passagem pela cidade, um envelope e uma caixa com pedras preciosas para a então primeira-dama, Michelle Bolsonaro.

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Nos documentos em poder da CPMI, o ex-assessor Cleiton Henrique Holzschuk relata que, a pedido do tenente-coronel Mauro Cid, um dos principais auxiliares de Bolsonaro, “as pedras não devem ser cadastradas e devem ser entregues em mão para ele [Cid]”.

“Foi guardado no cofre grande, 01 (um) envelope contendo pedras preciosas para o PR [presidente] e 01 (uma) caixa de pedras preciosas para a PD [primeira-dama], recebidas em Teófilo Otoni em 26/10/22”, relata Holzschuk.

Ele afirmou ainda que o “Sgt Furriel” –referindo-se ao sargento Marcos Vinícius Pereira Furriel— estaria “ciente do assunto” e que poderia tirar dúvidas.

Investigado

Cid é alvo de investigações no STF (Supremo Tribunal Federal) e em outras instâncias, incluindo no caso das joias enviadas ao ex-mandatário por autoridades da Arábia Saudita. O militar está preso desde o início de maio por determinação do ministro Alexandre de Moraes.

No documento enviado à PGR, parlamentares questionam se o ex-presidente cometeu o crime de peculato, e afirmam que as pedras preciosas não constam na relação de 1.055 itens recebidos oficialmente por ele nos quatro anos de mandato.

“Sabe-se que, no dia do recebimento, a 4 dias do segundo turno das Eleições Presidenciais de 2023, Bolsonaro estava fazendo campanha em Teófilo Otoni”, diz o texto do pedido de investigação.

“Ou seja, as pedras preciosas não foram recebidas em cerimônia protocolar. Logo, questiona-se: quem presenteou Jair Bolsonaro? Qual o motivo da recusa em cadastrar o presente?”

Bolsonaro não se manifestou até o momento sobre o caso.

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