Benjamim, de 3 anos, estava internado no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias)
Criança com microcefalia tem alta após nove meses de internação em Fortaleza
O pequeno Benjamim, de apenas três anos, que tem microcefalia e também possui uma síndrome genética recebeu alta após passar noves meses internado no Hospital Infantil Albert Sabin (Hias), em Fortaleza.
A alta da criança da Unidade de Cuidados Prolongados (UCP), foi marcada por muita emoção. O menino saiu da unidade sob os aplausos dos profissionais da unidade, por ter vencido uma jornada repleta de desafios e superações. A saída ocorreu na última quarta-feira (23).
Fabíola dos Santos, mãe do pequeno, chorou de alegria ao se preparar para voltar para casa, após um período que, segundo ela, testou seus limites de força e determinação.
“Uma felicidade imensa, algo que foi esperado por muito tempo. E a gente ter essa gratificação de levar o Benjamin hoje, por tudo que ele já passou, enfrentou aqui. Hoje ele está bem estável. Acho que não tem felicidade maior. A gente vai dar o nosso melhor para que ele se sinta confortável em casa, em todos os momentos”, disse.
A trajetória de Benjamin pela Hias não foi fácil. A criança tem microcefalia e os médicos investigam também uma síndrome genética. Além disso, o menino passou por intercorrências graves e ficou durantes semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
A pediatra da UCP, Lucile Sena, recordou os momentos críticos da criança. “Até a volta para a unidade, o processo de estabilização dele, de adaptação, de ensinar à mãe os novos cuidados, foi um processo bem prolongado, em que a gente passou por diversos desafios”, compartilhou a médica.
Em casa, ele segue aos cuidados do Programa de Assistência Ventilatória Domiciliar (PAVD), que o acompanhará de perto com visitas semanais de uma equipe multidisciplinar.
A coordenadora do PAVD, Cristiane Rodrigues, enfatizou a importância da preparação cuidadosa para a mudança de Benjamin de volta ao lar.
“Quando o paciente assume uma condição estável, a família reside em Fortaleza e tem dois cuidadores responsáveis, a gente inicia o processo. A gente checa, inicialmente, se o domicílio está adequado e programa a instalação do respirador domiciliar, além de treinar os cuidadores. Então, podemos programar as visitas, de duas a três vezes por semana”, explicou Cristiane.
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