Segundo dia

Chacina do Curió: fotos de jurados são vazadas nas redes sociais e julgamento é interrompido

Colegiado de juízes, a defesa e a acusação se reuniram para discutir as providências a serem tomadas, mas logo depois a sessão foi retomada.

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30 de agosto de 2023
Portal GCMAIS

O vazamento de fotos de jurados que participavam do julgamento dos réus da Chacina do Curió causou a interrupção parcial da sessão, nesta quarta-feira (30), no Fórum Clóvis Beviláqua, em Fortaleza. A segunda etapa do julgamento iniciou nesta terça-feira (29), quando oito policiais envolvidos nas mortes são julgados.

Chacina do Curió: fotos de jurados são vazadas nas redes sociais e julgamento é interrompido
Foto: Divulgação TJCE

O colegiado de juízes, a defesa e a acusação se reuniram para discutir as providências a serem tomadas, mas logo depois a sessão foi retomada.

“Após conhecimento sobre registro fotográfico da sessão, o colegiado de juízes realizou breve pausa e reuniu-se com os representantes do Ministério Público, assistentes de acusação e todos os advogados de defesa para a avaliação do fato. Logo em seguida, o julgamento foi retomado com as providências administrativas cabíveis, inclusive restrição de acesso”, informou o Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE).

O corpo de jurados é formado por sete pessoas — todos homens. A identidade deles deve permanecer em sigilo. Após a reunião, o julgamento foi retomado com as providências administrativas cabíveis, inclusive restrição de acesso.

Primeira etapa do julgamento da Chacina do Curió ocorreu em junho

Esta é a segunda etapa do julgamento dos acusados. O primeiro terminou na madrugada do último dia 25 de junho deste ano com a condenação de quatro policiais militares.

São eles: Antônio José de Abreu Vidal Filho, Marcus Vinícius Sousa da Costa, Wellington Veras Chagas e Ideraldo Amâncio pelo cometimento de 11 homicídios qualificados consumados, três homicídios qualificados na forma tentada, três crimes de tortura física e um de tortura mental. O julgamento, considerado um dos maiores do estado, durou cinco dias.

“Essa vitória é da nossa periferia, é do nosso povo periférico, é dos nossos jovens. É libertar os jovens das mortes”, afirmou Edna Carla Souza Cavalcante, mãe de Álef Souza Cavalcante, uma das vítimas, após o resultado do primeiro julgamento.

As penas dos quatro réus somaram 1.103 anos e 8 meses de reclusão, com regime inicial de cumprimento fechado. O Poder Judiciário determinou a imediata prisão provisória de todos os condenados e a perda do cargo público de policial militar.

Quem eram as vítimas?

Álef Souza Cavalcante, 17 anos
Antônio Alisson Inácio Cardoso, 16 anos
Francisco Elenildo Pereira Chagas, 40 anos
Jardel Lima dos Santos, 17 anos
Jandson Alexandre de Sousa, 19 anos
José Gilvan Pinto Barbosa, 41 anos
Marcelo da Silva Mendes, 17 anos
Patrício João Pinho Leite, 16 anos
Pedro Alcântara Barroso do Nascimento Filho, 18 anos
Renayson Girão da Silva, 17 anos
Valmir Ferreira da Conceição, 37 anos.

Assassinatos em série foram registrados em 2015

Ao todo, 11 pessoas foram assassinadas entre a noite do dia 11 de novembro e a madrugada do dia 12 de novembro de 2015, com ações em diversos pontos na região do Curió e da Grande Messejana. A maioria das vítimas tinha idades entre 16 e 19 anos.

De acordo com o Ministério Público do Ceará, os crimes foram motivados por vingança pela morte do soldado Valtemberg Chaves Serpa, assassinado horas antes ao proteger a esposa em uma tentativa de assalto, no bairro Lagoa Redonda.

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