AQUECIMENTO GLOBAL

Belém pode se tornar a segunda cidade mais quente do mundo até 2050

A análise, realizada pela ONG CarbonPlan na Califórnia, revela que Belém enfrentará 222 dias de calor perigosamente altos em menos de três décadas.

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18 de setembro de 2023
Portal GCMAIS

Um recente estudo divulgado pelo jornal Washington Post alerta que Belém, no Pará, está destinada a se tornar um dos epicentros de calor extremo no mundo, classificando-a como a segunda cidade mais quente até 2050. A análise, realizada pela ONG CarbonPlan na Califórnia, revela que Belém enfrentará 222 dias de calor perigosamente altos em menos de três décadas, devido ao impacto do aquecimento global. Pekambaru, na Indonésia, lidera a lista com 344 dias de calor nocivo.

Belém pode se tornar a segunda cidade mais quente do mundo até 2050
Foto: Reprodução

Este estudo aponta para uma iminente epidemia de calor extremo que representa uma das ameaças mais graves à humanidade. A população mundial enfrentará um aumento nos dias extremamente quentes, ameaçando a saúde humana, com grande parte do perigo concentrado em locais menos preparados para enfrentar esse desafio.

Até 2050, mais de 5 bilhões de pessoas, provavelmente mais da metade da população global, estarão expostas a pelo menos um mês de calor extremo. A ameaça à saúde de pessoas expostas a temperaturas extremamente altas já afetará mais de 4 milhões de pessoas até 2030.

Os cientistas usaram uma métrica chamada “WetBulb Globe Temperature (WBGT)” para medir o calor ambiental que afeta os seres humanos, levando em consideração fatores como temperatura do ar, umidade, calor radiante e movimento do ar. Essa métrica é crucial para determinar os níveis seguros de exposição ao calor.

O estudo também ressalta que o aumento nas temperaturas deve resultar em um aumento nas mortes, afetando principalmente grupos mais vulneráveis, como idosos e crianças. A falta de recursos, especialmente em regiões mais quentes como o Sul da Ásia e a África Subsaariana, torna esses locais mais suscetíveis aos efeitos prejudiciais do calor extremo.

O Brasil já experimentou um aumento nas temperaturas nas últimas décadas, e Belém, que atualmente vivencia cerca de 180 dias de calor intenso, pode ver um aumento de 1,2°C em 100 anos. A situação reflete o aquecimento global que afeta não apenas o Brasil, mas todo o planeta. A escalada nas temperaturas é uma preocupação global, à medida que o calor extremo continua a ceifar vidas e ameaçar comunidades em todo o mundo.

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