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Caso Kaianne – Exclusivo

A mulher foi assassinada no último dia 26 de agosto.

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2 de outubro de 2023
Portal GCMAIS

Familiares de Kaianne Bezerra abrem as portas da casa onde a contadora foi assassinada brutalmente e levantam hipóteses do que teria ocorrido na noite do último dia 26 de agosto.

Caso Kaianne – Exclusivo
Foto: Divulgação

Kaianne foi morta por asfixia mecânica causada por esganadura, além de uma paulada na cabeça. No laudo pericial obtido com exclusividade pela jornalista Patrícia Calderón, imagens mostram manchas arroxeadas no pescoço e no queixo, além de um machucado profundo na parte de trás da cabeça, como se tivesse sido surpreendida pelas costas, provocado por algo “contundente”. O crime aconteceu dentro da residência, em Aquiraz, onde a contadora de 35 anos morava com o marido, o professor Leonardo Chaves. Segundo a advogada criminalista Fernanda Cavalcante,  que defende a família, uma reviravolta no caso. “Foi uma grande surpresa. Até então, tínhamos a certeza, segundo depoimento dos envolvidos, que ela tinha sido atingida por uma paulada na cabeça. Agora, surge essa nova informação. Resta a investigação apontar quem asfixiou Kaianne. Não descartamos o envolvimento do Leonardo, também, no momento da morte”, disse Fernanda.

Nas fotos cedidas pela família é possível ver o imóvel totalmente revirado na tentativa de simular um latrocínio (que é o roubo seguido de morte) tese mantida pelo marido, que dias depois foi preso suspeito de encomendar a morte da mulher pra ser beneficiado com um seguro de vida da vítima. A polícia teve acesso a imagens de câmeras de circuito interno de um shopping, perto da casa da contadora, que flagraram o marido conversando com os outros envolvidos no crime. Ainda pelas fotos cedidas com exclusividade ao site GCmais é possível ver vários espelhos virados ao contrário o que chamou a atenção do tio de Kaianne, Luciano Moura Bezerra. “Entramos na residência da minha sobrinha e encontramos pelo menos 4 espelhos virados ao contrário, possivelmente para não refletir a imagem dos assassinos, possivelmente já deixado assim antes do crime, sem que a Kaianne percebesse. Um destes espelhos, coincidentemente ou não, fica no quarto onde minha sobrinha estava, antes de ser morta. O assassino foi caminhando por um corredor até chegar no quarto, esse espelho refletiria o assassino. Kaianne estava sentada numa poltrona preta, de frente a este espelho, conversando com a mãe, horas antes de ser morta.”

Novidade nas investigações

Segundo a família, o menor envolvido no crime ainda não passou por uma audiência de apresentação. O prazo vence no próximo dia 12 de outubro, e se não ocorrer manifestação da justiça, o menor será solto e responder pelo crime em liberdade.

O crime

Kaianne foi feita refém na casa onde morava pouco depois das 21 horas do dia 26 de agosto, por dois homens. Na primeira versão sobre o crime, o marido havia sido rendido na calçada por um homem e um adolescente armados. Os envolvidos são: Adriano Andrade Ribeiro, motorista de aplicativo, e um adolescente que terá o nome preservado por ser menor de 18 anos. Nesta primeira versão dos fatos, o marido teria escapado com ferimentos.

Dias após o assassinato, as investigações apontaram que Leonardo, o marido, se encontrou com os suspeitos uma hora antes do crime em um shopping. Câmeras do estabelecimento mostram Leonardo no local, sendo seguido pela dupla de acusados. Os três ficam 11 minutos conversando no estacionamento. Segundo as investigações, Leonardo teria combinado o momento em que jogaria água nas plantas fora de casa, quando deveria ser surpreendido pelos criminosos. Nesse dia, as câmeras da casa estariam desligadas.

Kaianne tinha contratado um seguro de vida avaliado em R$ 60 mil reais dois meses antes de ser morta, o que segundo as investigações, teria motivado o marido a matar a esposa.

Em entrevista exclusiva a jornalista Patrícia Calderón, a mãe de Kaianne, que preferiu não se identificar, disse que conversou com a filha minutos antes de ela ser assassinada, por meio de uma rede social. Ela estranhou quando Kaianne parou de digitar. “Falamos até umas 9 da noite e, de uma hora pra outra, ela parou de teclar. Mal sabia que nunca mais falaria com a minha filha, provavelmente já estava sendo friamente assassinada”, desabafou na semana do crime.

O casal estava junto havia 12 anos e não tinha filhos. Segundo familiares, os dois se relacionavam bem, e faziam planos de morar fora do país.

O que diz a defesa

Por meio de nota, a defesa de Leonardo afirmou que ele é “vitima de grave crime que lhe é falsamente imputado”. A defesa diz ainda que colabora com a autoridade policial e que confia na justiça. Os advogados do adolescente e do outro acusado não se apresentaram oficialmente.

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