O Governo do Estado do Ceará acionou a Justiça para fazer com que o ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes (PDT) apresente provas para as acusações feitas contra a gestão estadual, na última semana. No último dia 1º, Ciro disse que não há obra pública em execução no estado sem pagamento de propina.

“Não se realiza uma obra pública sem pagar propina. Uma obra pública sequer se realiza nesse estado sem pagar propina aos donos do poder que estão aí. Quem quiser investigar é fácil: na Secretaria de Infraestrutura, na Superintendência de Obras, na Secretaria… Enfim, todas elas estão controladas. No Detran, na questão da Cagece… Todo canto”, disse ele, durante a convenção estadual do PSDB na capital cearense.

“O nosso Estado do Ceará está sendo destruído daquele caminho que nós trilhamos. Está sendo destruído pela traição, está sendo destruído pelo descompromisso e nós damos nomes aos bois. Está tudo dominado que nem as periferias estão pela facções criminosas”, falou ainda.

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O governo estadual protocolou a ação na 14ª Vara da Fazenda Pública da Comarca de Fortaleza. O documento exige que Ciro preste esclarecimentos “sobre as acusações graves que proferiu contra o Estado do Ceará, indicando, expressamente, com base em que provas e fatos sustenta suas alegações contrárias a todo um conjunto de agentes, servidores e colaboradores”.

Ciro é um dos líderes de uma porção do PDT que faz oposição ao governo Elmano de Freitas (PT) no Ceará. Elmano foi eleito, em 2022, após o racha entre PT e PDT no estado, disputando contra o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT), apoiado por Ciro. A postura de Ciro também é antagônica à adotada pelo irmão, o senador Cid Gomes (PDT), aliado de Elmano e líder de outra parcela do PDT cearense.

Na última reunião nacional do PDT, Cid e Ciro discutiram aos gritos, com dedos em riste, em meio a essas divergências políticas no Ceará.

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