O caso diz respeito ao assassinato de Jamile de Oliveira, em 2019 – agora, o suspeito, Aldemir Pessoa Júnior, deve ir a júri popular.
Caso Jamile: Advogado suspeito pelo homicídio vai a júri popular, decide TJCE
O Tribunal de Justiça do Estado do Ceará (TJCE) confirmou a sentença que foi proferida pelo juiz da 4ª Vara do Júri de Fortaleza, e Aldemir Pessoa Júnior vai a júri popular pela morte da empresária Jamile de Oliveira, do caso de feminicídio de agosto de 2019.
Ainda cabe recurso da decisão. Em paralelo à divulgação de que o homem vai a júri popular, as apurações sobre o caso Jamile correm em segredo de Justiça, e por isso não há mais detalhes sobre as investigações.
Aldemir nunca chegou a ser preso em decorrência desse caso – no máximo, chegou a usar tornozeleira eletrônica por outra ocorrência, envolvendo uma ex-namorada.
Ao falar com a repórter Emanuella Braga, da TV Cidade Fortaleza, o irmão da vítima, Aurimar Chaves, comenta que a família tem lutado para que o homem vá a júri popular. “A gente sabe que a Justiça no Brasil é demorada. A gente espera que a Justiça seja feita”, diz ele, ressaltando ainda que espera que o Ministério Público não acate o recurso apresentado pela defesa do suspeito. “O que vi até agora, da parte da defesa, são coisas que a gente não aceita”, diz ainda.
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O homem se emociona ao falar sobre o caso e o estado da família desde então. O filho de Jamile, conta ele, acabou sendo adotado pela tia e não gosta de discutir o assunto até hoje.
Caso Jamile
Câmeras do circuito interno do prédio em que o casal morava mostram o momento em que Jamile e Aldemir chegavam na garagem do prédio. No momento, eles parecem discutir. É possível ver o momento em que ele dá um soco na vítima.
Jamile demora cerca de 20 minutos para pegar o elevador. Lá dentro, tira a aliança. Em seguida, Aldemir sobe para o apartamento. Pouco tempo depois, o disparo acontece, no closet da empresária. Em seguida, ela aparece sendo carregada pelo advogado e pelo filho dela, no elevador.
Para o advogado de defesa da família de Jamile, Flávio Jacinto, não há dúvidas sobre a autoria do crime. Ele afirma que há relatos da própria família de que Aldemir Pessoa Júnior tinha o temperamento violento e que há indícios de que ele tentou atrapalhar as investigações, coagindo testemunhas e alterando a cena do crime.
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