O ex-governador e ex-ministro Ciro Gomes comentou que a intervenção do PDT nacional feita no PDT Ceará não teve objetivo de atingir uma ou outra pessoa, e sim controlar a confusão que havia se instaurado ao longo das últimas semanas. O partido, no estado, tem vivido nos últimos tempos embates constantes entre o grupo do senador Cid Gomes e o grupo do próprio Ciro.

Cid, que era o presidente estadual até esta semana, vinha lutando para manter o posto, que era reivindicado pelo deputado federal André Figueiredo, aliado de Ciro. Figueiredo, Ciro, o prefeito de Fortaleza José Sarto e o ex-prefeito Roberto Cláudio são alguns dos principais nomes desse grupo, enquanto Cid e a maioria dos integrantes do PDT no Ceará integram outra fatia. Enquanto o grupo de Ciro faz oposição ao governo Elmano de Freitas (PT), o grupo de Cid integra a base do Governo do Estado.

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“Veja o que está acontecendo: uma organização, que tem hierarquia, estrutura, estatuto, programa… E de repente, numa sessão, começa a mandar coisa pra Justiça, confusão pra cá, tira pra lá, tira pra cá… O que a direção nacional deve fazer? É tão simples, tão trivial isso. Foi o que aconteceu”, diz ele.

O próprio Ciro esteve envolvido diretamente nos embates que se desenrolaram nas últimas semanas. Em uma reunião do PDT nacional, no último dia 27 de outubro, os dois irmãos Ferreira Gomes discutiram aos gritos, com dedos em riste e troca de insultos.

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“A direção nacional vai deixar essa baderna acontecendo aqui a serviço de quem?”, questiona Ciro, ainda.

Em resposta aos movimentos do grupo de Cid Gomes, o comando nacional do partido decidiu por uma intervenção no diretório estadual e destituiu Cid do cargo. Em seu lugar, fica um comando provisório, presidido pelo ex-senador Flávio Torres, também alinhado a Ciro e André Figueiredo. Em dezembro, a validade do atual diretório chega ao fim, com o partido então devendo eleger outra presidência.

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