Os órgãos especializados já trabalham com a perspectiva de um ano de seca em 2024, conforme levantamento da Funceme.
“Não há mais dúvidas, teremos uma seca no ano que vem”, diz Funceme
Conforme Eduardo Sávio, presidente da Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), a perspectiva de ocorrer uma seca no Ceará em 2024 já é uma certeza. “Não há mais dúvidas, teremos uma seca no ano que vem. A Funceme foi a primeira instituição a alertar sobre isso há um bom tempo e agora provamos que não há possibilidade de termos uma boa quadra chuvosa com o cenário que temos hoje”, disse ele, nesta terça-feira (21).
Na ocasião, foi realizada a 114ª Reunião Ordinária do Conselho de Recursos Hídricos do Ceará (Conerh). O encontro, que aconteceu no auditório da Cogerh, na capital cearense, discutiu o aporte hídrico do estado, além das perspectivas do El Niño na quadra chuvosa do ano que vem e a previsão de seca apontada pela Funceme.
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Eduardo Sávio comenta que os números a que a entidade hoje tem acesso atestam o que já estava previsto: aumento na temperatura do oceano, causando o fenômeno conhecido por El Niño. “Será impossível termos um bom aporte e deveremos trabalhar nisso, colocando em prática nossos aprendizados obtidos nos anos de seca”, disse ainda.
No que diz respeito à situação das reservas hídricas do Ceará, o diretor de operações da Cogerh, Tércio Dantas, ressaltou que o Ceará deve chegar ao fim da quadra chuvosa de 2024 abaixo de 30% de sua capacidade – considerando aporte nulo. Hoje em dia, o estado tem um percentual equivalente a 40% da capacidade total.
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“É importante destacar que nos últimos tempos tivemos uma grande quantidade de obras, como melhoramento de sistema de bombeamentos e construção de adutoras. A Cogerh esteve se preparando para momentos como esse, de forma que chegue água suficiente para a casa das pessoas”, diz ele, ainda.
O secretário dos Recursos Hídricos, Ramon Rodrigues, elencou ações desenvolvidas pelo Governo do Estado para lidar com a situação. “Temos monitorado as áreas mais vulneráveis e sido cautelosos. Na Bacia Metropolitana de Fortaleza, o estoque é razoável, mas reforçamos a importância do cuidado no uso da água. Pretendemos intensificar os encontros de discussão sobre ações de contingência de secas; temos levado para a Casa Civil essa pauta, investindo em campanhas para buscar o engajamento de todos os setores na conscientização da economia de água.”
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