Ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, Henry Kissinger morreu aos 100 anos de idade nesta quinta-feira (29). O diplomata teve influência mundial, ao longo do século XX, com efeitos inclusive no Brasil. A causa da morte não foi divulgada a público e o enterro ocorre nesta quinta-feira (30), de modo reservado à família.

Ele chegou a ser um dos vencedores do Nobel da Paz, tendo ganhado notoriedade principalmente nos anos 1970, quando atuou como secretário de Estado e conselheiro de Segurança Nacional dos EUA durante as gestões dos presidentes Richard Nixon e Gerald Ford.

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Kissinger é apontado como tendo desempenhado um papel importante durante a Guerra Fria, com influência que se ramificava por diferentes partes do globo. Ele foi protagonista, por exemplo, em conversas travadas com a União Soviética para tentar evitar um conflito nuclear durante esse período.

Em outros casos, Kissinger também é apontado como um dos principais agentes, na política internacional dos EUA, a garantir apoio do país a ditaduras na América Latina no século XX. Uma frase célebre sobre o tema atrbuída a Kissinger diz respeito aos rumos da política brasileira: “Para onde o Brasil se inclinar, toda a América Latina se inclinará”, dita ao público pelo então presidente americano Richard Nixon.

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Em sua biografia, destaca-se ainda o fato de que ganhou essa notoriedade na história norte-americana sendo estrangeiro – nascido na Alemanha, ele se mudou para os Estados Unidos ainda durante a ascenção de Adolf Hitler, quando o Terceiro Reich estava se fortalecendo. Ele conseguiu se naturalizar como americano em 1943, tendo ainda lutado no Exército durante a Segunda Guerra Mundial. inclusive contra o país em que nasceu.

Kissinger ainda é considerado uma figura controversa por sua postura muitas vezes apontada como pragmática, segundo a qual os fins justificam os meios – seus apoiadores sustentam que as ações do ex-secretário de Estado beneficiavam sua nação, enquanto vozes mais críticas apontam que muitas dessas ações deveriam ser contestadas, pois contrariavam os ideais democráticos que deveriam guiar a postura de um representante desse país.

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