NO HOSPITAL GERAL DE FORTALEZA

Novo procedimento permite transplantes de córnea com recuperação até quatro vezes mais rápida, no Ceará

Com a técnica DSEK, não é necessário o uso de pontos cirúrgicos e tempo de recuperação do paciente é reduzido

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22 de janeiro de 2024
Portal GCMAIS

Uma nova tecnologia nos procedimentos de transplantes de córnea no Ceará, no Hospital Geral de Fortaleza, promete uma recuperação até quatro vezes mais rápida que um transplante padrão. A técnica DSEK (Descemet Stripping Endothelial Keratoplasty, em tradução livre “ceratoplastia endotelial por remoção do estroma de Descemet”), é realizada na unidade desde dezembro de 2023 e auxilia pacientes com problemas no endotélio, parte superior da córnea.

Novo procedimento permite transplantes de córnea com recuperação até quatro vezes mais rápida, no Ceará
Foto: Arquivo Pessoal

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“Com o DSEK, apenas uma camada fina da córnea, uma pequena porção do estroma e o endotélio, é substituída por uma camada doadora”, explica. “A técnica requer câmara artificial, bisturi de diamante e espátulas específicas para separar a parte posterior da parte anterior da córnea”, explica o médico oftalmologista do HGF, Marcelo Diógenes.

Com a técnica DSEK, não é necessário o uso de pontos cirúrgicos, o que reduz o tempo de recuperação do paciente. O transplante de córnea padrão substitui todas as camadas da córnea e necessita de aproximadamente 16 pontos. O procedimento tradicional também exige mais visitas para acompanhamento junto ao especialista, inclusive para retirada dos pontos.

“O tempo de recuperação varia de paciente para paciente, mas, no geral, no DSEK, podemos liberar o paciente para suas atividades cotidianas em até 15 dias após a cirurgia. No transplante convencional, só liberamos a partir dos dois meses”, afirma Diógenes.

Novo procedimento para transplantes de córnea no Ceará

Desde 2020, o HGF mantém fila zero para transplantes de córnea. A marca é estabelecida pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) e indica que o paciente não precisa esperar mais de um mês por uma córnea.

“Esse período de um mês é exatamente o tempo que leva para os pacientes realizarem todos os exames pré-operatórios e estarem preparados para o procedimento”, explica a coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do HGF (CIHDOTT), Márcia Vitorino.

O equipamento mantém, também, o único banco de olhos público do estado. Fundado em 2006, o Banco de Olhos do HGF funciona 24h e atende a população de todo o Ceará e até de estados vizinhos.

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