A vereadora Enfermeira Ana Paula (PDT) declarou, nesta terça-feira (5), que está entrando com uma ação judicial contra o partido no qual é filiada por violência política de gênero, após episódios de agressões na Câmara Municipal de Fortaleza, na última semana. Além disso, a parlamentar pediu medida protetiva contra o suplente de vereador Juninho Aquino (União Brasil), agredido por ela.

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Vídeos divulgados mostram a vereadora Ana Paula agredindo Juninho com tapas e um soco. De acordo com o suplente de vereador, a parlamentar teria caído e, em seguida, insinuado de que teria sido empurrada por ele. A pedetista ainda disse que Juninho havia “filmado suas roupas íntimas”.

Vereadora comete agressões na Câmara

Após a confusão registrada na Câmara Municipal de Fortaleza (CMFor) no último dia 1º de fevereiro, Ana Paula disse que tem sofrido perseguição política por parte do prefeito José Sarto (PDT). A fala foi feita no mesmo dia, após ela ter interrompido o pronunciamento do gestor durante a retomada dos trabalhos legislativos para 2024.

“Tô sofrendo muita perseguição política por parte do prefeito Sarto, muita, muita mesmo. E hoje, em decorrência da abertura dos trabalhos da Câmara Municipal, eu reivindiquei que os profissinoais que trabalham nas UPAs [Undiades de Pronto Atendimento] não sejam contratados como cotistas, mais uma modalidade de precarização do serviço de saúde”, explica ela, em alusão às demandas que ela gritou durante o discurso do prefeito.

Durante a fala do prefeito, na inauguração dos trabalhos da CMFor de 2024, a parlamentar aparece gritando demandas dos profissionais da saúde, gerando tumulto na tribuna. Ela, apesar de ser do mesmo partido do gestor, integra a oposição e engrossa as cobranças feitas pela categoria ao chefe do Executivo.

Na ocasião, outros parlamentares tentaram conter a ação da vereadora contra Sarto, mas os ânimos se acirraram, resultando em um tapa de Ana Paula no rosto da vereadora Cláudia Gomes (PSDB), que tentava interferir na ação da colega na tribuna da Câmara. Elas tiveram que ser separadas por outros parlamentares.

Pouco depois, Cláudia Gomes subiu à tribuna para falar sobre a confusão, pontuando que Ana Paula a agrediu de punho fechado quando ela tentava se aproximar para falar com o presidente da CMFor, vereador Gardel Rolim (PDT). “Acho que a população de Fortaleza não merece isso. A gente está na Câmara desempenhando projetos da nossa cidade, o cidadão não quer agressão, não quer violência”, disse ela.

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