Marcelo Barberena Moraes, condenado pelo homicídio da própria esposa Adriana Moura Pessoa e da filha Jade Pessoa, de apenas 8 meses, foi transferido do sistema penitenciário cearense para o Rio Grande do Sul, seu estado de origem, em uma operação sigilosa. Os crimes ocorreram em uma residência de praia em Paracuru, na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF), em agosto de 2015.

A ação ocorreu no início deste mês de março e envolveu a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização do Ceará (SAP) em coordenação com autoridades gaúchas. A transferência foi autorizada pelo Judiciário cearense, após o sistema de justiça do outro estado encontrar uma vaga e aprovar a realocação. Os custos da viagem, tanto do preso quanto dos policiais envolvidos, foram assumidos pela família de Barberena.

O empresário gaúcho cumpria uma pena de 53 anos de prisão pela dupla execução na Unidade Prisional de Aquiraz (UP-Aquiraz), na Grande Fortaleza, até o início de março. No entanto, ele viu na transferência para o Rio Grande do Sul uma oportunidade de ficar mais próximo de seus familiares.

A defesa do empresário destacou que “o pedido de transferência do apenado Marcelo Barberena Moraes para o Estado do Rio Grande do Sul foi feito por nós ainda no primeiro semestre do ano passado, a pedido dele próprio e de sua mãe, e foi devidamente concedido pelo Poder Judiciário em agosto de 2023, com a única condição de que os custos da viagem fossem cobertos pela família de Marcelo”.

Marcelo Barberena Moraes foi condenado pelo Tribunal do Júri da Vara Única da Comarca de Paracuru a uma pena de 82 anos de prisão, em regime inicial fechado, por duplo homicídio triplamente qualificado (por feminicídio, motivo torpe e emprego de recursos que dificultaram a defesa das vítimas) contra sua esposa Adriana Moura Pessoa de Carvalho Moraes e a filha Jade Pessoa de Carvalho Moraes.

>>>Siga o GCMAIS no Google Notícias<<<

Em setembro de 2021, o Tribunal de Justiça do Ceará (TJCE) reduziu a pena de Barberena para 53 anos de prisão. A defesa do réu também solicitou a anulação do julgamento, contudo, o pedido não foi acatado pelos magistrados da 1ª Câmara Criminal.

O crime ocorreu em 23 de agosto de 2015, quando Adriana Moura Pessoa de Carvalho Moraes e a filha Jade Pessoa de Carvalho Moraes foram mortas a tiros em uma residência de veraneio em Paracuru. Inicialmente, Barberena confessou os crimes, mas posteriormente alegou ter sido coagido por policiais para assumir a autoria.

Leia também | Marcelo Barberena vai a júri acusado de ter matado a esposa e a filha

>>>Acompanhe o GCMAIS no YouTube<<<