VIAGEM INTERNACIONAL

Bolsonaro pede ao STF liberação de passaporte para viajar a Israel

Ex-presidente está com o documento retido pela Polícia Federal desde que foi alvo de uma investigação no dia 8 de fevereiro

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28 de março de 2024
Portal GCMAIS

A equipe de defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protocolou um requerimento ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, solicitando a permissão para devolução do passaporte para viajar a Israel. O anúncio foi feito pelo ex-secretário de Comunicação do governo Bolsonaro, Fabio Wajngarten, por meio do X, antigo Twitter.

Bolsonaro pede ao STF liberação de passaporte para viajar a Israel
Foto: Reprodução

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O ex-presidente está com o documento retido pela Polícia Federal desde que foi alvo de uma investigação no dia 8 de fevereiro, que apura uma tentativa de golpe de Estado no Brasil.

Bolsonaro pede liberação de passaporte para viajar a Israel

Segundo a petição, os advogados requerem o documento para que Bolsonaro e sua família possam visitar Israel nos dias 12 e 18 de maio, a convite do primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu. O período engloba o Dia da Independência de Israel, conhecido como Yom HaAtzmaut. A independência foi declarada no dia 14 de maio de 1948, mas comemorações podem variar alguns dias devido ao calendário hebraico.

“Como é de domínio público, faz parte da atividade política o relacionamento internacional, bem como ampliar o diálogo com lideranças globais”, consta na publicação de Wajngarten.

A defesa do ex-presidente diz que a viagem não apresenta riscos ao inquérito que está em andamento, “especialmente considerando os compromissos previamente agendados no Brasil e que demandam a presença do peticionário (Bolsonaro) após seu retorno de Israel”. A defesa não detalhou quais seriam os compromissos.

Ex-presidente se hospedou na Embaixada da Hungria após perder passaporte

O ex-presidente Jair Bolsonaro permaneceu dois dias na Embaixada da Hungria, em Brasília, entre os dias 12 e 14 de fevereiro deste ano, após ter tido seu passaporte apreendido pela Polícia Federal. A informação foi divulgada pelo jornal The New York Times.

O jornal norte-americano sugere que Bolsonaro, alvo de investigações criminais, tentou fugir da justiça, já que o ex-presidente não pode ser preso em uma embaixada estrangeira que o acolheu, porque está legalmente fora do alcance das autoridades nacionais.

“A estadia na embaixada sugere que o ex-presidente tentava alavancar a sua amizade com um colega líder de extrema direita, o primeiro-ministro Viktor Orban, da Hungria, em uma tentativa de escapar ao sistema de justiça brasileiro enquanto enfrenta investigações criminais no seu país”, diz o jornal.

O jornal norte-americano teve acesso às imagens da câmera de segurança da embaixada, que mostram que o ex-presidente permaneceu dois dias no local, acompanhado por seguranças e funcionários da embaixada. O embaixador Miklós Halmai também aparece no local.

A publicação analisou as imagens das câmeras de segurança do local e imagens de satélite, que mostram que Bolsonaro chegou no dia 12 de fevereiro à tarde e saiu na tarde do dia 14 de fevereiro.

As imagens mostram que a embaixada estava praticamente vazia, exceto por alguns diplomatas húngaros que moram no local. Segundo o jornal, os funcionários estavam de férias porque a estadia de Bolsonaro foi durante o feriado de carnaval.

Segundo a reportagem, no dia 14 de fevereiro, os diplomatas húngaros contataram os funcionários brasileiros, que deveriam retornar ao trabalho no dia seguinte, dando a orientação para que ficassem em casa pelo resto da semana.

Defesa

A defesa do ex-presidente da República confirmou que ele passou dois dias hospedado na embaixada da Hungria em Brasília, “para manter contatos com autoridades do país amigo”. Em nota, os advogados de Bolsonaro dizem que ele mantém um bom relacionamento com o premier húngaro, com quem se encontrou recentemente na posse do presidente Javier Milei, em Buenos Aires.

“Nos dias em que esteve hospedado na embaixada magiar [húngara], a convite, o ex-presidente brasileiro conversou com inúmeras autoridades do país amigo, atualizando os cenários políticos das duas nações. Quaisquer outras interpretações que extrapolem as informações aqui repassadas se constituem em evidente obra ficcional, sem relação com a realidade dos fatos e são, na prática, mais um rol de fake news”, diz a defesa de Bolsonaro.

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