Desde agosto de 2023, o Estado não registrava uma situação tão branda, segundo o Monitor de Secas
Mais da metade do território do Ceará está sem seca; aponta Monitor
O Ceará apresenta ausência de seca em mais da metade do território. O estado tem 57,45% do território sem estiagem, enquanto os outros 42,55% têm seca variando de fraca a excepcional. Os dados são do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), e se referem ao mês de março de 2024.
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O cenário é o mais ameno desde agosto de 2023. Segundo o Monitor de Secas, acompanhamento regular e mensal do Governo Federal, de outubro de 2023 a janeiro de 2024, o Ceará esteve com 100% do território em situação de seca. Em fevereiro, com o início da quadra chuvosa, a situação foi sendo alterada no estado.
Além disso, até janeiro de 2024, parte do território cearense apresentava a incidência mais severa da seca. Os 2,3% do território em seca “de grave à excepcional”, foi amenizando com o passar dos meses.
O boletim também indica que os volumes de chuvas acima da normalidade na Região Nordeste geraram uma “melhora” na situação da estiagem na maioria dos estados, com destaque para o abrandamento da seca, que passou de grave para fraca no Maranhão e Piauí. Nas demais regiões, houve uma redução das áreas com seca moderada e seca fraca.
Segundo o Monitor de Secas, no Ceará, as chuvas dos últimos meses geraram “o recuo da seca moderada no centro e sul e da seca fraca no norte”.
Áreas sem seca no Nordeste (março de 2024):
- Alagoas: 50,4%
- Bahia: 33,4%
- Ceará: 57,45%
- Maranhão: 52,19%
- Paraíba: 74,8%
- Pernambuco: 25,62%
- Piauí: 43,52%
- Rio Grande do Norte: 98,8%
- Sergipe: 36,64%
O Monitor das Secas é uma iniciativa do Governo Federal que acompanha se a situação da seca está melhorando ou piorando. O fenômeno é classificado pela intensidade, e a seca pode variar de S1 (seca menos intensa) até S4 (a mais intensa). Já o S0, diz o Monitor, “são áreas com condições de umidade anormalmente baixa e estão secando e podem, possivelmente, virar áreas de secas”.
A classificação é a seguinte:
S0 – Seca Fraca: verânico de curto prazo diminuindo plantio, crescimento de culturas ou pastagem. Saindo de seca: alguns déficits hídricos prolongados, pastagens ou culturas não completamente recuperadas;
S1 – Seca Moderada: Alguns danos às culturas, pastagens, córregos, reservatórios ou poços com níveis baixos, algumas faltas de água em desenvolvimento ou iminentes; restrições voluntárias de uso de água solicitadas;
S2 – Seca Grave: Perdas de cultura ou pastagens prováveis; escassez de água comuns; restrições de água impostas;
S3 – Seca Extrema: Grandes perdas de culturas, pastagem; escassez de água generalizada ou restrições;
S4 – Seca Excepcional: Perdas de cultura, pastagem excepcionais e generalizadas; escassez de água nos reservatórios, córregos e poços de água, criando situações de emergência.
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