Quais carreiras estarão em alta até 2025?

Antes de pensar em carreiras, podemos pensar nas habilidades, potencialidades pessoais e intransferíveis que farão ligação com as carreiras, além da percepção da carreira ligada ao propósito, o qual tem como base quatro pilares, são eles: a missão (O que o mundo precisa), paixão (O que você ama fazer), vocação (Você é pago para fazer) e profissão (No que você é bom).

Penso que carreiras que têm ligação com Tecnologia da Informação, Comunicação, Saúde e Biotecnologia, Energias Renováveis, Educação e Desenvolvimento Pessoal, Logística e Comércio Eletrônico, Finanças, Marketing Digital, Indústria Criativa e Entretenimento, Desenvolvimento Organizacional, Diversidade e Inclusão.

Ademais, penso que todas as carreiras estarão ligadas à inteligência artificial, o grande diferencial será como esta será utilizada, com consciência, sustentabilidade e posicionamento. Afinal de contas, como diria Alice no país das maravilhas, “Se não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”.

Há um crescimento de vagas para pessoa jurídica. Em sua opinião, vale a pena concorrer a esse tipo de vaga?

Vale a pena quando o indivíduo tem propósito na carreira jurídica, há tendências surpreendentes nessa área, por exemplo auxiliar startups com questões legais relacionadas a apoiar juridicamente empresas na propriedade intelectual, financiamento e regulações. Entretanto, precisa de atualização na legislação e as necessidades do mercado para o sucesso, investir em especializações e certificações pode apoiar numa carreira próspera, bem como essa necessidade se aplicar a todas as áreas.

Quais as soft skills mais valorizadas no mercado de trabalho atualmente?

Penso que todas são valorizadas, dependerá muito da situação na qual serão usadas, adequadas ou não, dentre elas: Comunicação, Trabalho em Equipe, Liderança, Resolução de Problemas, Adaptabilidade, Pensamento Crítico, Gestão do tempo, Empatia, Criatividade, Ética, Inteligência Emocional, Negociação, Networking, Autogerenciamento, Atitude Positiva.

Imaginemos uma empresa que tem uma máquina que funciona com vários botões, são muitos botões, vão se destacar os profissionais que souber usar botões e mais ainda os que melhor usar esses botões, para além de surpreender encantar com suas atitudes.

Há profissionais preocupados com suas carreiras devido à inteligência artificial. Como você analisa essa questão?

Sinto que é uma preocupação considerável, semelhante a esta situação há uns anos os leitores de livros físicos tiveram receio de que os mesmos fossem extintos quando chegaram as obras virtuais, entretanto eles não desapareceram.

A partir disso, considero que o norte será desenvolver uma trajetória de pertencimento para com as relações pessoais e profissionais, assim o grande diferencial será como utilizará a inteligência artificial em suas carreiras, assim as preocupações se tornarão atitudes.

 Como o Linkedin pode auxiliar na busca por recolocação?

Auxilia fortemente, funciona muito bem como uma plataforma para profissionais e empresas. Ele oferece uma variedade de benefícios que ajudam a promover carreiras, negócios e redes de contato, contudo precisa ser movimentado com atualizações profissionais e algumas pessoais para demonstrar a humanidade dos currículos.

 De acordo com um novo estudo do LinkedIn, 75% dos profissionais brasileiros pesquisados estão considerando mudar de emprego em 2024. Como você avalia esse dado?

Estudo muito verdadeiro, inclusive tenho percebido fortemente a procura de profissionais pelo serviço de mentoria para transição de carreira ou mesmo para ativar seus potenciais que estão meio que anestesiados.  Diante de uma sobrecarga e avalanche de demandas pessoais e profissionais, os profissionais precisam ter mais clareza sobre seus pensamentos e ações, a mudança pode assustar, sair da zona de conforto, que não estou dizendo que esta é boa, as coisas estão acomodadas, pode dar um frio na barriga; por lado lado, esse mesmo frio na barriga vem nos lembrar que estamos vivos e podemos ir além.

 Aproveitando essa questão, como saber qual é a hora certa de mudar de emprego?

Este é um exercício muito pessoal e verdadeiro consigo mesmo, muitas coisas precisam ser avaliadas e ponderadas, medidas e analisadas. Percepção da rotina atual, sua saúde física e mental, avaliação de seu progresso profissional, há estudiosos que sugerem a mudança a cada 6 anos, para evitar a inércia e a procrastinação.

Interessante fazer autoavaliações e treinamentos constantes sobre você e as áreas da sua vida, como exemplo na breve roda da vida temos oportunidade de avaliar carreira, saúde, família, amigos, dinheiro, amor e espiritualidade, entendendo que somos seres integrais e buscamos o equilíbrio com intuito ter mais qualidade pessoal e profissionalmente

Entendendo que seja realmente a hora, é fundamental fazer um planejamento para que seja mais leve e assertivo.

E transição de carreira, há um momento certo em fazer?

Sinto que não há momento certo ou errado, mas o momento estratégico para que o indivíduo sinta-se ativo, produtivo, motivado e realizador, pode ocorrer até no mesmo nicho, mesmo ramo de atividade, porém com a possibilidade de aprendizagem diferente, exatamente como modo de ativação do corpo e da mente.

Perceber a transição como uma travessia é bem inspirador, pois há uma percepção de saída de um lugar que não se está muito confortável para outro melhor ainda, para a felicidade, considerando esta relacionada à consciência plena, empatia, gratidão, resiliência.

Os profissionais sentem dificuldade em colocar a pretensão salarial na candidatura. Há dicas nesse quesito?

Exposição da pretensão salarial é uma questão delicada, entretanto é uma parte crucial no processo de contratação. 

Assim, no momento oportuno para falar sobre o assunto, sugiro que sejam sinalizadas pesquisas de mercado sobre piso salarial para o determinado cargo, sejam consideradas a qualificação e a experiência do profissional, posicionamentos sendo confiantes e realistas, mantendo acordos para que as informações fiquem muito claras, evitando mal entendidos posteriormente.

E para os jovens que buscam o primeiro emprego, qual conselho daria?

Trata-se de uma parcela enorme da população nesta busca, penso que para além de fazer cursos invistam também nas relações humanas, gentilezas profissionais, proatividade, enfim nas soft skills, reconhecendo suas particularidades como diferencial, assim farão uma grande diferença na inserção no mercado de trabalho.

 Você trabalha com mentoria, como funciona esse tipo de serviço?

Sim, a mentoria é um somar de propósitos, uma experiência transformadora, para mentor e mentoreado. Desenvolvi um método que temos alcançado muitos resultados pessoais e profissionais, onde há uma reflexão para reconhecer seus talentos, neutralizar suas limitações, ter clareza do seu momento atual para planejar a realização de projetos de carreira e vida, através de um acompanhamento personalizado realizar desafios que movimentam a mente e corpo, focando a felicidade e a qualidade de vida, de modo integral, e ainda comemorando o cumprimento das metas demonstrando para sua mente e corpo sua força, sendo sua própria inspiração, alcançando resultados incríveis.

Como um mentor atua no direcionamento de carreira de profissionais?

A relação de mentoria pode ser bem-sucedida acelerando o desenvolvimento profissional, proporcionando novos insights, abrindo portas para novas oportunidades de carreira, network, desenvolvimento de habilidades, feedback assertivo, suporte emocional inclusive.

 

 

Mini currículo da profissional:

Socióloga; Professora de Pós Graduação, Especialista em Gestão Estratégica de Marketing; Técnica em Gestão e Estratégia em Mídias Sociais; Produtora Cultural; Mestre de Cerimônia; Analista de Coach, Coach de Talentos Líder Coach, Idealizadora do projeto LIVE PAPO, Psicanalista Clínica, Cooautora do Podcast Mulheres que fazem a diferença, Palestrante, Mentora de carreira e vida.

Instagram: @carolgaddelha