Nos Estados Unidos, a variante KP.2 representava 4% dos novos casos de covid-19 no final de março
KP.2: confira o que você deve saber sobre a nova variante da covid-19
A nova variante da covid-19, denominada KP.2, está em ascensão em vários países, incluindo Estados Unidos, Japão e Reino Unido. Até o momento, a cepa não foi identificada no Brasil. A KP.2 é uma descendente da variante JN.1 e possui várias mutações na proteína Spike, o que pode permitir uma maior evasão do sistema imunológico humano. Outras variantes com mutações semelhantes, como a JN.1.7, também estão em circulação e foram coletivamente apelidadas de “FLiRT”. Essas mudanças tornam a KP.2 ligeiramente mais transmissível do que suas predecessoras.
Nos Estados Unidos, a variante KP.2 representava 4% dos novos casos de covid-19 no final de março, mas recentemente aumentou para quase 30%, tornando-se predominante. No Reino Unido, Japão e Canadá, há um aumento semelhante nos casos de KP.2. No Brasil, as autoridades ainda não detectaram essa variante.
Segundo especialistas, a KP.2 não apresenta sintomas novos ou diferentes em comparação com outras variantes. Os sintomas incluem dor de garganta, coriza, tosse, dor de cabeça, dores no corpo, febre, fadiga, diarreia, náusea e vômitos. As infecções têm sido, em grande parte, leves devido à imunidade robusta da população, resultado de vacinações e infecções anteriores.
Os especialistas, incluindo o professor de microbiologia e imunologia Andy Pekosz, da Universidade Johns Hopkins, afirmam que as defesas do sistema imunológico ainda são eficazes contra a KP.2, especialmente em pessoas que tiveram contato com a variante JN.1. Pekosz ressalta que uma infecção por JN.1 deve proporcionar uma proteção forte contra todas as variantes FLiRT.
A vacinação continua sendo uma ferramenta crucial. Pessoas que não atualizaram suas doses de vacina e que foram infectadas por variantes mais antigas podem enfrentar dificuldades em combater a nova variante. No Brasil, as vacinas estão disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS) para grupos específicos, incluindo crianças pequenas, idosos e pacientes imunocomprometidos, que podem receber doses de reforço conforme a estratégia municipal de saúde.
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