Mobilização gerou uma minuta de Projeto de Lei (PL), que foi entregue à Assembleia Legislativa do Ceará (Alece)
CREF5 lança campanha “Mais aulas de Educação Física na escola”
O Conselho Regional de Educação Física da 5ª Região (CREF5-CE) lançou a campanha “Mais aulas de Educação Física na escola”, tendo em vista a importância da prática regular de atividades físicas para a saúde humana. A proposta é debater e conscientizar sobre o acesso à atividade física regular e orientada, dentro das unidades escolares. Além de camisetas e mobilizações nas redes sociais, a partir da campanha do CREF5, um minuta para Projeto de Lei (PL) também foi entregue à Assembleia Legislativa do Ceará. O documento dispõe sobre as aulas na rede estadual de ensino e sua importância na promoção da saúde.
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“O Governo Federal tem um programa que destina cerca de R$ 400 milhões a 17.174 mil estabelecimentos para promoção da atividade física na atenção primária do Sistema Único de Saúde (SUS). Por aí, você tem uma ideia de quanto o Governo Federal está gastando com saúde, quando poderia estar trabalhando na prevenção em saúde nas escolas”, compara a presidente do CREF5, Andréa Benevides.
A campanha do CREF5, como ressalta ainda a presidente, torna-se oportuna para alertar gestores de escolas e profissionais neste momento, em que o Governo do Ceará, por meio da Secretaria de Educação, lançou o documento “orientações complementares aos estabelecimentos de ensino”.
“Nós começamos a ser procurados por alguns professores que estavam tendo em suas escolas um número de aulas de educação física reduzido devido a um novo planejamento enviado pela Secretaria de Educação do Ceará. Nós notificamos esses municípios em relação a poder manter essas aulas de educação física no mínimo duas vezes na semana. Porém, houve uma recusa nesse sentido e aí o CREF 5 se prontificou a iniciar uma campanha para sensibilizar, primeiro, a sociedade. Ela é a maior interessada em que seus filhos tenham essa educação desde os primeiros anos escolares. Depois, sensibilizamos todas as entidades públicas, para que eles entendessem que existe uma política de incentivo à prática de atividade física em todos os níveis federativos do nosso país e que não manter essa educação na escola era inaceitável. Por fim, nós também chamamos os professores de Educação Física para que nos ajudassem nas suas escolas com essa conscientização ao grupo gestor das suas escolas”, revela a presidente do Conselho.
No capítulo 12, o material estabelece que a disciplina de Educação Física é necessária 1h/a, por semana. “Temos um programa de saúde nas escolas do Ministério da Saúde, em parceria com o Ministério da Educação, no qual se entende a relevância de levar saúde para dentro da escola. Hoje, tudo que se fala em prática de atividade física, se reconhece a importância dessa disciplina para formação de adultos ativos fisicamente. Então, por que a escola não está atendendo a necessidade de oferta desse conhecimento mais vezes na semana?”, questiona Andréa Benevides.
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Campanha do CREF5 “Mais aulas de Educação Física na escola”
A educação física na escola desempenha um papel crucial no desenvolvimento integral dos estudantes, abrangendo benefícios físicos, sociais, emocionais e cognitivos. Em termos de desenvolvimento físico, a educação física promove a saúde geral e a boa forma, ajudando a combater o sedentarismo e a prevenir doenças crônicas, como obesidade, diabetes e doenças cardíacas. As atividades físicas também ajudam no desenvolvimento das habilidades motoras, como coordenação, equilíbrio, força e agilidade, sendo essenciais para o crescimento saudável e o desenvolvimento dos ossos, músculos e articulações.
“É na disciplina de educação física que a criança e o jovem aprendem a importância de se manter um estilo de vida ativo. Então, ali ele vai conhecer sobre o assunto e começar também a experimentar vários tipos de atividades, como jogos, recreação, esportes, que possam contribuir para que ele seja uma criança saudável e que se torne um adulto também saudável através da prática de atividade física”, comenta Andréa Benevides.
No aspecto cognitivo, a prática regular de atividades físicas pode melhorar o desempenho acadêmico, pois aumenta o fluxo sanguíneo para o cérebro, melhorando a concentração, memória e função cognitiva. A educação física pode complementar outras áreas do currículo, ajudando os alunos a entender conceitos científicos sobre o corpo humano e a saúde.
No que diz respeito ao desenvolvimento social, as atividades em grupo ensinam os alunos a trabalhar em equipe, colaborando e comunicando-se efetivamente com os colegas. Os esportes e as atividades físicas promovem a disciplina, o respeito às regras e a responsabilidade pessoal. Além disso, a educação física pode ser um meio de promover a inclusão, onde todos os alunos, independentemente de suas habilidades físicas, podem participar e se sentir valorizados.
“A importância da prática de atividade física na infância, na adolescência, até na vida adulta, é em relação à manutenção da saúde. Primeiro, a gente vê que em tudo que se fala hoje em doenças, prevenção, promoção e tratamento de doenças, principalmente doenças crônicas degenerativas, sempre há uma abordagem primária da prática de atividade física pelos seus benefícios no adoecimento e também de manter uma composição corporal saudável que a gente tem visto que a obesidade infantil tem aumentado muito mais do que os índices de desnutrição infantil. Então isso é uma coisa muito preocupante. A criança tem que ser educada nesse sentido e ela tem que aprender também a apreciar as práticas disponíveis de atividade física para que ela se mantenha saudável. Além disso, a disciplina contribui, através das suas práticas e vivências, a melhoria do desenvolvimento motor, afetivo e cognitivo da criança”, reforça a presidente do CREF5, Andréa Benevides.
Benefícios para a saúde
Em termos de benefícios emocionais e psicológicos, a prática regular de atividades físicas ajuda a reduzir o estresse, a ansiedade e os sintomas de depressão, melhorando o bem-estar emocional dos alunos. Participar e ter sucesso em atividades físicas pode melhorar a autoestima e a confiança dos alunos, enquanto o esporte ensina a lidar com desafios e fracassos, desenvolvendo resiliência e motivação para persistir.
A educação física também incentiva a adoção de um estilo de vida ativo e saudável que pode perdurar na vida adulta. Os alunos aprendem sobre a importância da atividade física, nutrição adequada e cuidados com a saúde, desenvolvendo uma compreensão holística do bem-estar. Além disso, a prática de atividades físicas ajuda a canalizar a energia dos alunos, reduzindo comportamentos disruptivos na sala de aula e melhorando o clima escolar ao promover interações positivas entre os alunos.
A mãe do aluno Jefferson Gomes, de 10 anos, Maria Silva, comentou sobre o papel da educação física na vida do filho. “Vejo uma diferença enorme no comportamento e na saúde do meu filho desde que começou a praticar regularmente o que aprende nas aulas de Educação Física na escola. Ele está mais concentrado, feliz e cheio de energia. A educação física não só ajuda no desenvolvimento físico, mas também ensina valores como disciplina, trabalho em equipe e resiliência. É fundamental para o crescimento dele em todos os aspectos, ressaltou.
A educação física na escola não é apenas uma disciplina voltada para o corpo, mas uma parte essencial do desenvolvimento integral dos alunos. Ela contribui significativamente para a saúde física, mental e emocional, além de promover habilidades sociais e comportamentais que são fundamentais para o sucesso na vida acadêmica e pessoal. Dessa forma, sua inclusão e valorização no currículo escolar são indispensáveis.
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