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Eduardo Girão convida contadora de histórias para encenar aborto no Senado; veja vídeo

Nyedja Gennari, conhecida nas redes sociais como contadora de histórias, narrou um texto fictício sobre um suposto feto

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17 de junho de 2024
Portal GCMAIS

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) convidou uma contadora de histórias para interpretar um texto contrário à assistolia fetal como método de aborto legal, nesta segunda-feira (17), durante uma audiência no Senado Federal que debateu o procedimento.

Eduardo Girão convida contadora de histórias para encenar aborto no Senado; veja vídeo
Foto: Reprodução/YouTube TV Senado

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Nyedja Gennari, conhecida nas redes sociais como contadora de histórias, escritora, professora e arte-educadora, narrou um texto fictício sobre um suposto feto no dia em que foi submetido ao procedimento de assistolia fetal. Em uma performance de cerca de cinco minutos, ela concluiu dizendo: “Essa história, embora trágica e dolorosa, é um chamado à reflexão para que todos compreendam a seriedade e as consequências do aborto”.

Questionado durante entrevista coletiva sobre a possível irritação de Rodrigo Pacheco com a encenação, Eduardo Girão afirmou não estar em uma ditadura. “Olha, eu já fiz muitas audiências aqui no plenário do Senado e a artista pode se expressar livremente, nós não estamos numa ditadura ainda, né, e ela se expressou da forma que ela, inclusive nós dialogamos sobre isso”, frisou o Senador.

“Eu passei mais ou menos o roteiro para ela do que seria, ela já fez outras apresentações aqui e não tem motivo nenhum, absolutamente, porque aqui é uma casa da liberdade”, afirmou sobre o convite à contadora de histórias.

De acordo com o senador, a participação da artista ocorreu de forma voluntária. “Nós fizemos um contato com ela, convidamos, o nosso gabinete chamado, ajustamos o roteiro com ela”, afirmou.

Contadora de histórias encena aborto no Senado Federal

O debate ocorre em meio à polêmica do PL 1094/24, atualmente em discussão na Câmara dos Deputados, que propõe equiparar o aborto realizado após 22 semanas de gestação ao crime de homicídio simples.

“Faz umas duas semanas que nós aprovamos essa sessão e, no remanejamento de datas, por providência, não existe o acaso, essa sessão está ocorrendo após um final de semana intenso de manifestações na sociedade, matérias jornalísticas, nas redes sociais, que causam comoção”, afirmou o senador Eduardo Girão sobre o tema.

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Eduardo Girão tentou entregar ‘feto’ para ministro

Em abril do ano passado, uma cena marcante ocorreu no Senado Federal durante uma audiência. O senador Eduardo Girão (Novo-CE) tentou entregar um feto de plástico ao ministro dos Direitos Humanos, Silvio de Almeida. O ministro, no entanto, recusou-se a receber o objeto, recebendo aplausos dos presentes.

“Eu não quero receber isso por um motivo muito simples: eu vou ser pai agora. E eu sei muito bem o que significa isso. Isso para mim é uma performance que eu repudio profundamente. Isso, para mim, com todo respeito, é uma exploração inaceitável de um problema muito sério que nós temos no país”, declarou o ministro.

O ministro complementou: “Em nome da minha filha que vai nascer, eu me recuso a receber isso. Eu não vou receber. Em nome da minha filha, não vou receber! Isso é um escárnio! Não vou receber. Eu sou um homem sério e imagino que o senhor também seja. Esse tipo de performance não é o que condiz com a minha maneira de ver a política”, disse.

Girão falava sobre a importância de preservar “a vida, a liberdade e a dignidade humana”. Após a recusa de Silvio de Almeida, Girão afirmou que seu objetivo não era ofender o ministro.

“Lhe peço desculpas. Isso não é brincadeira, isso é seriedade. Eu só quero fazer um contraponto muito respeitoso ao ministro, dizendo que não foi brincadeira, isso é algo seríssimo. Eu deixei na mesa desta comissão, entreguei a ministros do Supremo, entreguei a alguns outros ministros que receberam e eu respeito que o senhor não quis receber”, complementou.

Assistolia fetal: entenda o procedimento

A assistolia fetal é um procedimento médico que consiste na injeção de substâncias no feto, causando a parada do coração antes da interrupção da gravidez. Este método é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para a realização de abortos em gestações com mais de 20 semanas.

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