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Saiba como funciona o Redome, o cadastro nacional para doadores de medula óssea

Pessoas entre 18 e 35 anos, que nunca tiveram câncer, podem procurar qualquer posto do Hemoce, sejam os fixos ou nas coletas externas, para fazer o cadastro

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21 de junho de 2024
Portal GCMAIS

Há pouco mais de 12 anos, Renata Frota recebeu um diagnóstico devastador: leucemia. O tratamento exigiu um transplante de medula óssea, procedimento que na época não era realizado no Ceará. Enfrentando muita angústia e medo, Renata e sua irmã viajaram para Jaú, no interior de São Paulo, um centro de referência em transplante de medula óssea na América Latina.

Saiba como funciona o Redome, o cadastro nacional para doadores de medula óssea
Foto: Reprodução

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“A minha irmã foi a doadora, com 100% de compatibilidade. Ela tomou uma anestesia, a mesma usada para cesariana, e a medula foi retirada do osso da bacia. Eu recebi a medula como uma bolsa de sangue”, explica Renata.

Encontrar um doador compatível é um grande desafio. A maior chance de compatibilidade está dentro da família, como no caso de Renata, mas muitos pacientes não têm essa sorte e acabam não resistindo ao tratamento. O cadastro para ser doador de medula óssea é simples e pode ser feito em qualquer unidade do Hemoce.

Para ser doador, basta retirar 5 ml de sangue e se cadastrar no Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome). Os dados genéticos do doador são cruzados com os dos pacientes que precisam da medula. A compatibilidade dentro da família é de um para cada quatro pessoas, mas, em nível nacional, é de um para cada 100 mil pessoas, o que reforça a importância desse ato de solidariedade.

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Pessoas entre 18 e 35 anos, que nunca tiveram câncer, podem procurar qualquer posto do Hemoce, sejam os fixos ou nas coletas externas, para fazer o cadastro. No momento do cadastro, é coletada uma amostra de sangue para avaliação do HLA, uma proteína na superfície das células. Com base nesse resultado, a pessoa é cadastrada no Redome e seus dados são utilizados para encontrar pacientes compatíveis.

Lucas, um universitário, decidiu fazer o cadastro para ser doador de medula óssea após doar sangue. “Eu acho que é uma coisa tão simples que poucas pessoas conhecem e que pode gerar frutos enormes no futuro para outra pessoa, salvar a vida de outras pessoas. Então, se você ainda não fez o cadastro, é a coisa mais simples do mundo, então venha fazer, que vale muito a pena”, disse ele.

Vitória, que já doou sangue várias vezes, também fez o cadastro para doação de medula pela primeira vez. “Estava fazendo o cadastro para doar sangue e alguém falou que podia doar medula também e eu achei que seria interessante”, contou ela. “Já tinha ouvido falar porque uma amiga precisou de doação de medula uma época, eu não cheguei a fazer o cadastro, mas resolvi fazer agora.”

O procedimento para coleta do HLA é simples e feito através de uma metodologia de sequenciamento de nova geração, a mais atual e específica para essa avaliação.

Em março, o Grupo Cidade de Comunicação lançou a Campanha Maria Sofia em prol da doação de órgãos. A influenciadora digital, filha da empresária Gaída Dias, recebeu um transplante de fígado e, após sua partida, a família atendeu seu desejo de doar quatro órgãos. A campanha visa esclarecer, conscientizar e divulgar a importância de doar órgãos em prol da vida.

Assista à reportagem completa:

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