ECONOMIA

Aneel: julho terá bandeira amarela no Brasil e conta de energia ficará mais cara

Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias indica aos consumidores os custos da geração de energia no País e busca atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia

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30 de junho de 2024
Estadão Conteúdo

O mês de julho terá bandeira amarela na conta de energia, em todo o território brasileiro, conforme divulgou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) – com isso, a tarifa deve ficar mais cara, com os consumidores tendo que pagar mais R$ 1,885 para cada 100 kW/h consumidos.

Aneel: julho terá bandeira amarela no Brasil e conta de energia ficará mais cara
Foto: Thiara Montefusco / Governo do Ceará

Conforme anunciado, a bandeira foi acionada em razão da previsão de chuvas abaixo da média até o final do ano (em cerca de 50%) e pela expectativa de crescimento da carga e do consumo de energia no mesmo período. A Agência explica que esse cenário, somado ao inverno com temperaturas superiores à média histórica do período, faz com que as termelétricas – cuja energia é mais cara do que a das hidrelétricas – passem a operar mais.

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O valor de R$ 1,885 por KWh, que diz respeito ao adicional da bandeira amarela, foi definido pela Aneel em março deste ano, quando houve redução de 37% desse valor. Até então, a bandeira amarela funcionava com um adicional de R$ 2,989 por KWh.

Sistema de bandeiras

Trata-se da primeira alteração na bandeira desde abril de 2022. Ao todo, foram 26 meses com bandeira verde. O sistema de bandeiras, criado pela Aneel em 2015, tem o objetivo de indicar de modo claro aos consumidores brasileiros os custos da geração de energia. “Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas”, explica a Agência.

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Antes das bandeiras, o repasse desses custos de operação era feito apenas nos reajustes tarifários anuais. A Aneel aponta que, com isso, “o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto. Dessa forma [com o sistema de bandeiras], o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta.”

O órgão orienta que o acionamento da bandeira amarela suscita vigilância quanto ao uso responsável da energia elétrica. A orientação é utilizar a energia de forma consciente e evitar desperdícios que prejudiquem o meio ambiente e a sustentabilidade do setor elétrico.

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