Padre Vanderlúcio Souza

Halleluya: alternativa que se tornou a opção

O Halleluya não  cresceu pela força do dinheiro, por estratégias de comunicação, carisma pessoal de alguém ou por uma atração específica.

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22 de julho de 2024
Padre Vanderlúcio Souza

O Festival Halleluya, que começou como uma  alternativa, se tornou a principal opção de férias para milhares de pessoas. Surgido na década de 90, em um período em que Fortaleza se paralisava diante do Carnaval fora de época, o evento foi uma resposta para oferecer um lazer sadio aos jovens da Comunidade Shalom. A ideia era criar uma alternativa positiva e espiritualmente enriquecedora.

Halleluya: alternativa que se tornou a opção
Festival Halleluya 2024. Foto: comshalom.org

Curiosamente, a gênese do Halleluya começou de forma modesta, no salão de festas do prédio de um dos jovens do projeto Juventude. Inicialmente, eram apenas três dias de evento, conhecido como Trifest. No ano seguinte, com a ampliação para quatro dias, o evento passou a se chamar QuadriFest. Foi no ano seguinte, quando a inspiração apontou para cinco dias de celebração, que o evento ganhou o nome definitivo de Halleluya, tornando-se grandioso já em sua estreia no Parque do Cocó.

Halleluya no Parque do Cocó. Arquivo pessoal: Padre Vanderlúcio Souza.

Desde então, o Halleluya trouxe para Fortaleza atrações de renome nacional, como Banda Dominus, Ziza Fernandes, Adriana Arydes, e o Padre Fábio de Melo, que ainda era seminarista na época. Ano após ano, o evento cresceu não apenas em público, mas também em qualidade e inovação. Foi durante esse crescimento que a identidade do evento foi se formando. O Halleliya descobriu que tem um coração: o espaço da Misericórdia, consolidado a partir da visita das relíquias de Santa Maria Madalena, cuja memória celebramos hoje, 22 de julho.

Reliquias de Santa Maria Madalena no Halleluya, no Parque do Cocó. Arquivo pessoal: Padre Vanderlúcio Souza.

A migração do evento para o Condomínio Espiritual Uirapuru foi um marco, onde o Halleluya permanece até hoje, superando-se a cada ano. A edição de 2024 foi particularmente marcante, reafirmando a essência do festival: um evento que não cresceu pela força do dinheiro, por estratégias de comunicação, carisma pessoal de alguém ou por uma atração específica, mas sim porque Deus quis. O Halleluya cresceu como uma obra genuína de Deus, desabrochando como uma árvore que cresce em silêncio, mas se revela imponente.

Apesar da grandiosidade do evento, ele ainda não recebe a atenção que merece na mídia nacional, ao contrário de outros eventos menores. No entanto, o público conhece e valoriza o Halleluya porque nele encontra paz e respostas para questões existenciais. É um evento que acolhe todas as faixas etárias, oferecendo um ambiente livre de álcool e drogas, onde a entrega e a transformação pessoal são possíveis.

O Halleluya é mais do que um festival; é uma experiência divina e misteriosa. Hoje, é o maior evento de Fortaleza e o maior festival de música católica do mundo, um motivo de alegria para a cidade. Na perspectiva da fé, o futuro do Halleluya é promissor.

Em essência, o Halleluya é a alternativa que se tornou opção, conquistando o coração do povo e atravessando gerações. É um festival que prova que a paz e a fraternidade são possíveis, e que a verdadeira felicidade está em Deus e na comunhão com os irmãos. O Halleluya é a festa que nunca acaba, começando no céu e se prolongando no coração de cada pessoa.

 

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