A Fundação Patriolino Ribeiro, em parceria com o projeto Fortaleza Tem, está promovendo uma série de oficinas voltadas ao turismo, com o objetivo de capacitar moradores das regiões periféricas de Fortaleza para ingressarem no mercado de trabalho turístico. Uma das iniciativas em destaque é a oficina “O Turismo sob Vários Pontos de Vista da Empregabilidade”, que tem atraído a atenção dos moradores do Conjunto José Euclides, no bairro Jangurussu.

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A oficina é uma oportunidade valiosa para que os participantes adquiram novos conhecimentos e aprimorem suas técnicas, explorando as potencialidades oferecidas pela região. Com uma abordagem prática e teórica, o curso visa mostrar como o turismo pode ser uma alavanca de transformação econômica e social para a comunidade local.

“É uma oportunidade da gente fazer o debate de como o trade turístico é importante para Fortaleza, porque ele emprega uma parcela considerável da população,” destaca um dos organizadores da oficina. “Somos a nona economia do Brasil e a quinta capital em termos de importância, mas precisamos entender como o turismo chega também nas regiões periféricas, como a nossa”, afirma Sérgio Farias, do Movimento Trabalhadores Sem-Teto.

Um exemplo inspirador entre os participantes é Graciela, uma das alunas da oficina. Atualmente, ela atua como voluntária na Cozinha Solidária do Conjunto Maria Tomásia e vê no curso uma chance de se reintegrar ao mercado formal de trabalho.

“Eu espero aprimorar os conhecimentos do que eu estou vendo aqui e levar para a vida prática,” compartilha Graciela. “Já fui camareira, já trabalhei em várias áreas, e quero voltar ao mercado com mais preparo”, disse

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Formação para o futuro

A oficina “O Turismo sob Vários Pontos de Vista da Empregabilidade” faz parte de um cronograma mais amplo do projeto Fortaleza Tem, que inclui diversas outras capacitações planejadas para os próximos meses. Em agosto, por exemplo, estão programadas oficinas de fotografia e e-commerce para celulares, além de culinária regional. Já em dezembro, os participantes poderão se inscrever nas oficinas de audiovisual e desafios de precificação.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas no Zona Viva do Conjunto José Euclides, de segunda a sexta-feira, das oito da manhã às nove da noite. Cada oficina comportará três turmas, com 15 alunos cada, garantindo um ambiente de aprendizado focado e dinâmico.

O impacto da formação turística vai além das habilidades técnicas. A capacitação tem o potencial de transformar a realidade das comunidades periféricas, preparando seus moradores para oportunidades de emprego em hotéis, restaurantes, agências de viagem e outros segmentos do trade turístico.

“O profissional que você forma aqui, mesmo que esteja atuando numa cozinha solidária ou em outro equipamento comunitário, pode tranquilamente trabalhar em qualquer hotel, se for bem capacitado,” explica um dos educadores envolvidos no projeto. “Precisamos fazer a formação adentrar para as áreas mais periféricas, porque é aqui que mora o motorista de Uber, a cozinheira, a camareira. E é aqui que essas pessoas precisam ser formadas”, reforça Sérgio Farias.

A Fundação Patriolino Ribeiro tem sido uma parceira crucial nesse esforço, apoiando atividades que promovem a defesa de direitos sociais e o fortalecimento de organizações ligadas à cultura, arte e atividades associativas. A parceria com o projeto Fortaleza Tem tem aberto caminhos para a realização de oficinas pontuais e relevantes, focadas na capacitação dos moradores nas próprias comunidades onde vivem.

“Esta parceria abre caminho para que possamos realizar diversas oficinas no local onde as pessoas estão,” afirma um representante da Fundação. “Nosso interesse é discutir o turismo como uma cadeia integrada, que oferece inúmeras possibilidades de emprego e renda para os moradores”, conclui Sérgio.

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